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O Japão que conheci; e aprendi a amar! – por Carlos Costabeber

Em 1983, consegui ser selecionado pela “The Association For Overseas Technical Scholarship (AOTS)”, para participar do “Brazilian Program For Quality Management”, na Universidade de Yokohama, no Japão.

Aquele curso de um semestre sobre Qualidade Total era oferecido gratuitamente a executivos brasileiros, como forma de difundir a cultura e o know-how japonês; na época, o país que liderava a tecnologia de produção no mundo.

Essa foi a maior experiência profissional da minha vida, depois do mestrado na FGV de São Paulo.

Foi uma oportunidade ímpar para conhecer, também, a milenar cultura japonesa.

E foi nesse curto período de tempo que aprendi a admirar esse povo tão obsecado pelas tradições dos seus ancestrais, como pela vontade em transformar uma país montanhoso (70% da área total) e sem recursos naturais, na 2ª maior potência comercial do mundo – superada agora pela China.

Por não dispor de espaço físico, a agricultura é limitada à produção de arroz (plantam até nas praças e terrenos baldios das pequenas cidades). E, por consequência, os japoneses foram empurrando o mar, com aterros gigantescos.

A própria área ocupada pela Universidade foi tomada ao mar.

E um exemplo recente foi a construção do moderno Aeroporto de Narita, sobre uma gigantesca ilha artificial.

Então, o Japão tinha tudo para ser um país de segunda linha, depois de ter sido dizimado pelos aliados na 2ª Guerra, e pelas limitações físicas de toda ordem.

Mas, não!!!

Graças a um povo determinado, disciplinado, com uma cultura milenar de sobrevivência e de muito sacrifício, transformaram aquele grupo de ilhas numa verdadeira usina de produção industrial. Trazendo matérias primas de todos os cantos, conseguem transformá-las em produtos de altíssima qualidade, agregando tecnologia e produtividade. E assim, poder atender aos desejos dos consumidores do mundo inteiro, com a força do “Made in Japan”.

Claro que tudo isso tem um preço. E não é pouca coisa !

Prá mim, é um povo, digamos, triste ! São poucas as opções de lazer, moram em cubículos (aluguel caríssimo), trabalham da manhã à noite, e ainda têm de suportar aqueles trens do metrô lotadíssimos para voltar para casa. Sem falar na necessidade de se submeter a uma cultura muito rígida, herdada de milênios de obediência absoluta aos seus lideres.

Não é nada fácil; além de terem um custo de vida muito elevado.

E, para complicar ainda mais, é um país que está sempre em alerta, em razão dos terremotos e maremotos.

Eu mesmo presenciei a ocorrência de um maremoto, que assustou a todos, e inundou a área industrial de Yokohama – parando a produção de uma grande fábrica da Toyota que iríamos visitar.

Por isso, e de forma bem sintética, procurei transmitir a experiência de ter vivido um tempo no Japão. E de ter convivido com um povo extraordinário; sofrido, mas incansável; trabalhador, organizado, disciplinado.

Invejo uma nação com uma cultura tão maravilhosa.

Só não invejo quem tem de morar num país com tantas limitações físicas e com tantos riscos de catástrofes.

Rezo para que o povo japonês consiga superar mais essa catástrofe, e saia ainda mais fortalecido em sua fé e capacidade de reerguimento.

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