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Êxtase. E agonia. De um lado, Lula falando a jornalistas. De outro, MPs trancam o Congresso

Olha só o que nos reserva a terça-feira, já desconsiderada a CPI do Apagão Aéreo, que ninguém leva mesmo a sério, nem mesmo a oposição. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há quatro anos e quase cinco meses no poder, vai conceder a sua segunda entrevista coletiva – a primeira foi ainda em 2005.

 

Só tem um detalhe: apenas 14 perguntas serão formuladas, por jornalistas previamente sorteados. No momento em que escrevo, nem desconfio quem sejam os sortudos que poderão questionar Sua Excelência. Mas, também, que ninguém acredite que surja alguma coisa nova do palavrório presidencial junto aos coleguinhas.

 

Imagino, inclusive, que as perguntas serão muito sobre o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e suas dificuldades, a visita do Papa Bento 16 e a controvérsia em torno dos pedidos de Sua Santidade, e… e… e… Bem, também haverá, dependendo do sorteado, perguntas específicas sobre o Estado do dito cujo. Na última, inclusive, se não me falha o bestunto, um coleguinha paraense perguntou sobre uma obra de interesse estritamente local – pode, mas não interessa a ninguém mais, exceto aos moradores do glorioso Estado do Pará.

 

De outro lado, ou no outro lado, no Parlamento, há poucas chances de uma definição sobre muita coisa nesta semana pós-visita papal. A menos, claro, que deputados federais e senadores consigam (se quiserem, conseguem; o problema é exatamente este, querer) destravar a pauta, atrolhada de Medidas Provisórias.

 

Na Câmara são três MPs, inclusive a que fixa o salário mínimo, já pago desde 1º de abril, em R$ 380. E no Senado a bronca é ainda maior: são 14 Medidas a atravancar o serviço dos senadores. Exatamente a metade, sete, têm a ver com o PAC, e já passaram pelo crivo dos parlamentares.

Resumindo a ópera: de manhã, trololó lulista, com escassas chances de sair alguma coisa nova, inclusive pelo formato da entrevista coletiva; e à tarde/noite, chances nulas de êxito em destrancamento da pauta. Nos contentemos se algumas das MPs saírem do caminho. E só.

 

SUGESTÕES DE LEITURAPara saber mais sobre a agenda política da semana, clique aqui para ler o que escreve o jornalista da Folha de São Paulo, Fernando Rodrigues, e aqui para conferir o que a semana nos reserva, segundo Ricardo Noblat, em sua página na internet.

 

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