Segurança. Descontentamento é óbvio, entre as entidades que falam pelos profissionais da BM
Definitivamente, não pegou bem a demissão do comandante da Brigada Militar, coronel Edson Ferreira Alves, anunciada na sexta-feira. E pegou pior ainda a forma como o nome do novo chefe foi anunciado: a tropa ficou sabendo pelo Diário Oficial do Estado que seu comandante passava a ser o coronel Nilson Nobre Bueno – nomeado por indicação do novo secretário de Segurança, José Francisco Mallman.
Como oficiais não podem falar publicamente, menos ainda os praças, quem se manifesta, ainda que com o risco de punição, são os líderes das entidades de representação. No caso, a Associação dos Oficiais da Brigada Militar – que divulgou nota em que manifesta sua surpresa e fala em uma crise gratuita, gerada pelo ato da governadora Yeda Crusius, que, afinal de contas, é a responsável última pelo ato.
Alves ficou apenas quatro meses no cargo, o que é inusitado na história da Brigada Militar. Como isso vai terminar? Objetivamente, ninguém sabe. Agora, é evidente que o novo secretário assumiu com carta branca para mudar o que quisesse, desde que os objetivos de governo sobressaiam. Numa postura em tudo diversa do ex-secretário, Enio Bacci, a quem eram creditados todos os sucessos eventualmente obtidos na área de Segurança.
O fato é, penso eu, que o governo adora uma crise, notadamente no campo político, como escrevi aqui, na madrugada deste domingo. E elas inclusive escurecem possíveis, embora discutíveis, êxitos em outras áreas – como a das finanças públicas, por exemplo. Mas, e é o que dez entre dez dizem, tudo se deve a uma questão de temperamento da governadora. Então, tá.
SUGESTÕES DE LEITURA – leia a nota Oficiais da BM criticam “indústria de crises”, que o jornalista Marco Weissheimer mantém na internet.
Confira também Governo. Agora é assim, o Diário Oficial é que conta novidades na segurança pública gaúcha, que publiquei aqui na madrugada deste domingo.
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