E quem entra? Em três meses, TSE pode mandar pra casa 17 deputados. Severino pode voltar
A grande verdade é que poucos sabem, meeeesmo, quantos deputados federais viraram a casaca depois de 27 de março. Há até os que entraram depois mas dizem (já na estratégia de defesa) que comunicaram à Câmara Federal antes. Então, tá.
O fato é que um número entre 15 e 20 parlamentares, em tese, podem ter seu mandato solicitado pelo partido de origem. O site especializado Congresso em Foco (confira na sugestão de leitura), de grande confiabilidade, coloca 17 como o número de deputados federais na condição de possíveis perdedores do lugar.
Aliás, interessante também é saber quem, neste momento, torce para que a situação seja essa, para poder usufruir do mandato perdido pelos que migraram. Inclusive porque o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio Mello, declarou que os casos, depois de iniciados, no caso dos parlamentares federais, não demorarão mais que três meses para ser concluídos.
Há pelo menos duas curiosidades: pode retornar ao Legislativo, o ex-presidente da Câmara, o folclórico Severino Cavalcanti, do PP de Pernambuco. E tem boas chances de chegar lá pela primeira vez Cristiane Brasil. Que vem a ser nada menos que a filha do honorável Roberto Jefferson. Ambos, claro, do PTB.
Enquanto isso, em nível local, informou-se nesta sexta, o que todo mundo estava sabendo: o PDT vai, sim, ingressar na Justiça Eleitoral requisitando o mandato perdido de Isaias do Amaral Romero. E, a menos que, como disse na manhã desta sexta, na rádio Imembuí, o advogado e ex-juiz eleitoral Alfeu Bisaque Pereira, seja concedida uma tal (desculpa a ignorância) antecipação de tutela, mesmo que Romero, que terá seus argumentos devidamente ouvidos, seja mandado pra casa, isso demorará bastante tempo. Especialmente porque haverá pelo menos dois recursos possíveis (por ambas as partes): ao TRE ao TSE.
EM TEMPO: na hipótese de Isaias Romero perder o mandato, estará habilitado a assumir o ex-prefeito Osvaldo Nascimento da Silva, primeiro suplente. Se, por qualquer razão (ele mora em Santa Catarina), isso não ocorrer, a cadeira passa a Marcelo Bisogno, o segundo suplente.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem Severino pode voltar, de Eduardo Militão, no Congresso em Foco.
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