Não deixa de ser interessante. E, claro, objeto de análise. Ainda que, cá entre nós, isso tem se demonstrado de importância relativa no parlamento, dominado muito mais pelos interesses (ou não) do Executivo do que propriamente pelos grupos de pressão.
Mas o fato objetivo é que as urnas de outubro concederam aos parlamentares vinculados ao movimento sindical algo com 15% do Congresso – o que nunca antes havia sido atingido. Em compensação, os empresários (ou que se colocam como tal) ocupam praticamente a metade das cadeiras disponíveis.
Quem trata disso, em material bastante alentado, é o jornal O Estado de São Paulo, que encomendou o levantamento original ao Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). As duas reportagens abaixo são assinadas por Lucas de Abreu Maia. Confira:
“Centrais perdem espaço no governo, mas elegem maior bancada da história…
… Apesar de a relação entre governo e centrais sindicais ter começado com estranhamento de ambas as partes, por causa da votação do reajuste do salário mínimo, a presidente Dilma Rousseff precisará, mais que qualquer um de seus antecessores, negociar com o movimento sindical. A bancada trabalhista na atual legislatura é a maior da história, com 87 parlamentares – ou 15% do Congresso…”
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“‘Empresários’ são quase metade do Congresso…
Não é apenas a bancada sindical que cresceu na atual legislatura. Quase metade dos congressistas eleitos em 2010 é de proprietários de estabelecimento comercial, industrial ou dono de grandes fazendas, segundo levantamento feito em outubro pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
É a maior bancada empresarial dos últimos 20 anos, pelo menos. Em 2006, foram eleitos 219 empresários. De lá para cá, o número subiu para 273 – crescimento de 25%…”
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