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JORNALISMO. Olha só uma versão de como “o outro lado do balcão” vê o trabalho dos repórteres

Não é uma questão definitiva, com certeza. Mas é bastante provável que o problema (?) se reproduza também aqui, em menor escala, na província ou na comuna. No entanto, seria o caso de nos preocuparmos – o nós, no caso, são os profissionais do jornalismo.

O artigo a seguir é de Carlos Castilho – que, entre outras funções relevantes exercidas na profissão, foi redator e editor internacional no Jornal do Brasil, editor de telejornais da TV Globo, na qual também foi chefe de escritório em Londres. Resumindo: experiência não lhe falta. Vale a pena conferir o que ele escreve, em texto originalmente publicado no sítio especializado Observatório da Imprensa. A seguir:

A reportagem jornalística vista do “outro lado do balcão”

Um dos melhores pontos de observação da imprensa é o que poderíamos chamar de “o outro lado do balcão”, ou seja, como fornecedor de informações. Por conta da consultoria que dou à recém-criada Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) acabei levado para o lado de quem dá notícias para a imprensa e aí é possível observar alguns desvios de conduta no comportamento dos repórteres em geral.

Há dois problemas predominantes: a subserviência e a arrogância. No primeiro caso, o repórter se comporta como se fosse um escriba, datilógrafo ou digitador: simplesmente reproduz o que é dito pelo entrevistado, sem questionar ou contextualizar. Este tipo de repórter, em geral, é bem visto pelos políticos e empresários porque não incomoda, mas é o que mais erros comete porque lhe falta visão de conjunto. Mas como o erro é “a favor” , poucos se queixam.

Já o outro tipo de repórter chega para uma entrevista ou matéria com uma pauta prévia e geralmente está apenas a procura de fatos, histórias e citações que justifiquem ou reforcem uma ideia já estabelecida. É o repórter que passa o tempo todo jogando “cascas de banana” para o entrevistado esperando que ele escorregue numa delas.  Isto faz parte de uma estratégia que transforma a entrevista num interrogatório. Este tipo de repórter também comete muitos erros, mas eles são em geral gerados pelo fato de o profissional tentar acomodar os fatos encontrados à agenda que trouxe da redação.

Os dois comportamentos são igualmente equivocados do ponto de vista da informação transmitida ao público, embora nas redações o primeiro seja criticado e o segundo, elogiado.  A dinâmica industrial predominante na…”

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2 Comentários

  1. O chamado 4º Poder é capaz de muitas outras coisas. Ontem, no Teledomingo, com o intuito de mostrar a inoperância e/ou desorganização da fiscalização nas estradas gaúchas, a RBS colocou atravessando o estado um carro sem nenhuma condição de trafegar. Carro este que colocava em risco desde as pessoas que se encontravam no seu interior, além dos demais automóveis que trafegavam na estrada e ainda os pedestres que por ali passavam. Um ato, no mínimo, irresponsável. Para não dizer ilegal. Resumindo: pela reportagem, vale tudo.

    Aproveitando o post, aproveito para dizer que o Brasil é um dos poucos países que não tem uma regulamentação para punir (veja bem, punir, não impedir) esse tipo de veiculação. Regulamentação que o moço abaixo chama de mordaça. A imprensa é regulamentada por quem? Por ela mesma? Qualquer profissional pode ser julgado pelo erro que cometeu. Qualquer profissional tem a responsabilidade daquilo que faz. A imprensa não pode ser diferente.
    E me desculpe seu Luiz, mas lemos o mesmo texto?

  2. Aleluia!!
    Existe vida inteligente debatendo o papel da mídia!!Belíssimo texto.
    Nem todo mundo gasta seu tempo estudando formas de amordaçar a imprensa (como o projeto PTlho queria).

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