Não custa lembrar. A verdade é que os políticos, na maioria, protegem os vira-casacas
Olha só a nota que publiquei na madrugada de 20 de maio de 2007, um domingo:
Mea-culpa. Nem mesmo a fidelidade partidária deve passar, na proposta de reforma política
Tenho escrito aqui, até com uma exaustão que pode chatear o leitor, que descreio na aprovação de uma reforma política digna deste nome. Ressalvei sempre, no entanto, que o princípio da fidelidade partidária, no discurso de todos os parlamentares que se manifestam a respeito, será aprovado.
Isso, especialmente depois que, provocado, o Tribunal Superior Eleitoral interpretou a Lei dos Partidos Políticos e determinou que o mandato é da sigla, não do candidato. Logo, este não pode se bandear de um lado para outro. Ou pode, desde que deixe para trás o mandato conquistado em nome da agremiação.
Já estou mudando de idéia. E faço um mea-culpa: nem isso, começo a crer, acabará sendo aprovado pelo Congresso Nacional. Sei que, nesta semana, uma comissão da Câmara chancelou proposta neste sentido, ainda que com tantas ressalvas que quase tornou letra morta a proposição. No conteúdo abonado pelos edis federais está a possibilidade, por exemplo, de alguém trocar de partido...
Para conferir a íntegra da nota, acesse aqui.
PASSADO EXATAMENTE UM ANO, a verdade é que os políticos, especialmente os que detêm mandato, e mais especificamente os que têm cadeira na Câmara dos Deputados, mais que barrar a vira-casacagem querem mesmo é mantê-la. Afinal, é exatamente isso que está sendo proposto por lá, num projeto que permitirá uma janela para os vira-casacas. Isso no mês de setembro do ano anterior às eleições. Quer dizer, quem quiser trocar de sigla poderá fazê-lo exatamente nesta época. Até parece o calendário futebolístico. Hein? Isso mesmo. O Grêmio, por exemplo, espera a janela de agosto para contratar um jogador que esteja no exterior. É a analogia. Pobre, talvez, mas verdadeira.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.