O secretário da hora e 2012 – por Gilson Piber
Marcelo Zappe Bisogno deu a volta por cima na política santa-mariense. Ao menos, por enquanto. O secretário municipal de Controle e Mobilidade Urbana está na boca do povo que trafega pelas ruas e avenidas da cidade, principalmente as da área central. É adorado por boa parte dos taxistas e motoristas das demais categorias, para não dizer a maioria. A tomada de medidas para amenizar o caos do tráfego de veículos foi bem recebida pela população. Marcelo Bisogno é o secretário da hora no governo Schirmer.
Acreditem ou não, ao contrário da atuação de outros secretários tidos como estrelas, o radialista e acadêmico de jornalismo é peça importante, atualmente, na luta para uma eventual reeleição do prefeito Cezar Schirmer. As ações desenvolvidas pela pasta que ele dirige são simpáticas e muito bem aceitas, mesmo diante de um trânsito confuso, com milhares de automóveis e motocicletas andando em vias apertadas e por vezes esburacadas ou remendadas do Coração do Rio Grande.
O pedetista de 36 anos, que foi vereador pelo PT e secretário na administração do ex-prefeito Valdeci Oliveira, surfa em ondas até agora favoráveis na gestão schirmista. O filho do seu Vicente e da dona Zelsa pavimenta um caminho sem curvas para voltar à Câmara de Vereadores na eleição de 2012, se os ventos continuarem soprando a seu favor. É bem verdade que o ciúme aumenta, a cada dia, no Paço Municipal, pelo êxito do então secretário. E não é intriga da oposição. De qualquer forma, considero que um pequeno galho de folhas de arruda por cima de uma das orelhas pode ajudar a espantar o mau-olhado e a inveja. Dizem que afasta maus espíritos também. É crença popular, mas mal não faz.
Aliás, Marcelo Bisogno é daqueles secretários que conhecem a aldeia. Ele anda muito bem no meio do povo e não fica perdendo tempo, com decisões burocráticas, em gabinetes com condicionador de ar. Quem é político, precisa buscar votos junto ao cidadão-eleitor. Nada melhor do que o contato direto das ruas para medir a temperatura e sentir a vontade dos moradores. Críticas, elogios e sugestões fazem parte do processo que todo homem público deve conhecer e vivenciar.
No entanto, quem elege o prefeito e os vereadores são os eleitores que residem nos bairros e nas vilas. Os votos conquistados na região central são bem-vindos, mas não bastam. Então, é salutar o prefeito Schirmer ficar de olhos bem abertos para as necessidades do povo da periferia, que gosta de rua bem calçada ou asfaltada, iluminação perfeita, transporte coletivo e coleta de lixo funcionando direito, bem como o atendimento eficiente nos postos de saúde. O mesmo vale para quem mora nos distritos. Tratar o funcionalismo municipal com respeito, condições de trabalho adequadas e dinheiro no bolso também são atitudes governamentais que têm boa aceitação.
O povo é exigente, mas paga impostos e merece ser bem atendido pelo Executivo, principalmente pela turma que almeja seguir comandando o município a partir de 2013. A eleição é em 7 de outubro do ano que vem. Logo ali. É como um jogo de xadrez. Qualquer movimento errado, inclusive da oposição, pode render em xeque-mate. Ninguém gosta de perder.
Gilson Piber – [email protected]
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