PÉRIPLO. Schirmer não é o único prefeito em Brasília. As razões são clarí$$ima$

Pode apostar: nesse preciso momento, não é Cezar Schirmer, de Santa Maria, o único prefeito a fazer périplo por Brasília em busca de troco federal. E este sítio tem noticiado, com material da Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura, o que o comandante do Executivo da boca do monte está fazendo pelo planalto central.

Há, na verdade, uma romaria muito bem organizada (ainda que, eventualmente, esteja cada um por si) a explicar. São créditos passados ou perspectivas futuras – leia-se, 2012 – que facilitam o entendimento acerca do que os prefeitos estão realizando nesse momento.

Quem captou muito bem, e até produziu material a respeito, foi o jornal O Estado de São Paulo. Olha só o que o jornalão paulistano publicou hoje, em reportagem assinada por João Domingos e Marta Salomon. A seguir:

“Por 2012, prefeitos fazem lobby para evitar cortes e Planalto estuda ceder…

… A presidente Dilma Rousseff já cogita ceder ao lobby dos prefeitos e prorrogar a validade de obras e serviços contratados por convênios feitos na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Para fazer valer o ajuste fiscal anunciado em fevereiro e não paralisar novos investimentos, o atual governo havia anunciado a intenção de cancelar parte das despesas contratadas pelo governo Lula e deixadas sem pagamento (os chamados restos a pagar). Porém, a pressão dos prefeitos, no ano que antecede a disputa eleitoral em que muitos tentarão a reeleição, pesou para o Palácio reavaliar o corte.

O Planalto deve manter os repasses de convênios feitos em 2009. Em relação a 2007 e 2008, deverá ser feito um estudo sobre obras licitadas e iniciadas, que também poderão ter seus contratos prorrogados. Somente obras não iniciadas serão cortadas. O cancelamento dos restos a pagar com as prefeituras poderá ultrapassar R$ 30 bilhões – o custo do polêmico projeto do trem-bala, calcula o governo.

Segundo o prefeito de Vitória, João Coser (PT), reeleito nesta terça-feira, 5, presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), os cortes podem alcançar R$ 50 bilhões. Dados do Tesouro Nacional mostram que, no primeiro trimestre, o governo Dilma quitou…”

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