Regime militar. Uma exposição de fotos para lembrar que anistia é perdão, não esquecimento
Conheço muita gente, bem além do que eu gostaria, que tem saudades do regime militar. São as viúvas do autoritarismo. Elas estão aí, quem sabe ao teu lado. E até na mídia, pode estar certo.
Mas os que viveram aquela época tenebrosa nunca devem esquecer a frase (não sei o autor, ou daria o crédito) anistia é perdão, não esquecimento. Nesse sentido, vem muito a propósito a exposição de fotografias daquele tempo que, tomara, nunca mais volte. Sem liberdades democráticas, com tortura nas prisões do regime, filhos que não conheceram os pais e tudo o mais que uma ditadura pode proporcionar.
A iniciativa é da Seção Sindical dos Docentes da UFSM. Eu a saúdo. Vem em muito boa hora. Saiba mais detalhes, no material distribuído aos veículos de comunicação, pela assessoria de imprensa da entidade. Quem assina o texto é o jornalista Fritz Nunes. A seguir:
SEDUFSM traz exposição fotográfica
que conta história da ditadura militar
A Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM) realiza a abertura oficial nesta segunda, 28, às 18h30min, no hall do Centro de Tecnologia da UFSM, da exposição fotográfica Direito à Memória e à Verdade A Ditadura no Brasil: 1964 a 1985. A mostra foi concebida e organizada pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), da Presidência da República, para comemorar os 27 anos de promulgação da Lei da Anistia, completados no ano de 2006. Agora, em 2008, em parceria com a Fundação Luterana de Diaconia e a Agência Livre de Comunicação (Alice), as imagens estão viajando pelo Brasil, abertas ao público em várias cidades, em comemoração aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Em Santa Maria, a exposição ficará sediada no hall do Centro de Tecnologia da UFSM, do dia 28 de abril até 30 de maio, no horário das 7h30min às 22h. O material exposto recupera a memória do golpe militar que conduziu o Brasil a uma ditadura de 21 anos, com imagens que vão do culto ecumênico realizado na Catedral da Sé pela morte do jornalista Wladimir Herzog (considerada a primeira mobilização pública contra o AI-5) ao comício da campanha Diretas Já realizado na mesma praça. No texto de abertura do catálogo da exposição, o ministro da SEDH, Paulo Vanucchi afirma que a mostra é mais uma forma de conhecer o que aconteceu nesse lamentável período da vida republicana brasileira. Diz Vanucchi que só de posse desse conhecimento o país saberá construir instrumentos eficazes para garantir que essas violações dos direitos humanos não se repitam nunca mais.
DADOS TÉCNICOS– A exposição, segundo a curadora, Vera Rotta, da SEDH, é formada por dois grandes rolos de 40m, formando linearmente um painel de 80m de extensão por 2m de altura. No total, mais de uma centena de fotos e documentos históricos reproduzidos fazem parte da mostra.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras informações oriundas da assessoria de imprensa da Sedufsm.
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