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Rolo dos selos. Cá entre nós, você acredita meeeesmo que só o Ubirajara Macalão é culpado?

No início da semana que está por iniciar, será analisado pela procuradoria geral da Assembléia Legislativa, a defesa prévia do ex-diretor de Serviços Administrativos do Palácio Farroupilha, Ubirajara Macalão. Ele é acusado, relembre-se, de comandar e usufruir dos resultados de uma falcatrua que, ao longo dos últimos anos, lesou o Poder Legislativo em cerca de R$ 3 milhões.

 

Ele revendia selos comprados de agência dos Correios a terceiros. Era um bom troco mensal. Aliás, constatou-se, a bufunfa era entregue semanalmente. Mas, ao se defender – ele, além de poder pegar cadeia, se indiciado em inquérito da Polícia Federal e, depois, condenado em processo judicial, tende a perder o cargo público que lhe rende, legalmente, R$ 15 mil mensais – Macalão atirou para todos os lados, inclusive pra cima.

 

É verdade que o sujeito não merece muito crédito. No início, lembra, acusou inclusive assessores de alguns deputados, “coincidentemente” nenhum mais na Assembléia. Foram sete os citados, se sabe agora injustamente. Cinco ex-estaduais e dois agora deputados federais. Mas era, convenhamos, a fase inicial. E, obviamente, tratava-se de uma tentativa de espalhar o odor, para ver no que dava.

 

Agora, porém, passados quase dois meses do início do escândalo, só quero fazer uma perguntinha, e me desculpa a impertinência: alguém minimamente inteligente, que tenha uma meia dúzia de neurônios, é capaz de acreditar que o moço agiu sozinho, nesses três, quatro anos?

Pois é, pois é. Ah, e pois é. Creia quem quiser. Como costumo escrever, há quem acredite também em Papai Noel. E na cegonha.

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui  a reportagem “Parecer sobre defesa de Macalão será concluído na próxima semana”, de Roberta Amaral e Vanessa Lopez, distribuída pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa.

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