Coluna Observatório. “Fim ao álcool nos postos? Votar pra quê?”

Na verdade, na verdade, vários vereadores não querem nem saber dessa história de proibir a venda de bebidas alcoólicas nos postos de combustíveis, lojas de conveniência e similares. Mas é complicado dizer isso na frente dos microfones. Afinal, é evidente tratar-se de uma idéia que agrada à comunidade, que vê nos ajuntamentos decorrentes da comercialização desse tipo de produto um fator preponderante para o desassossego público e potencial causa de acidentes de trânsito.

Então, como sair dessa? Simples: negaceando. Sempre de acordo com a legislação, claro. Cumprir todos os prazos aqui, em cada uma das comissões do Legislativo. Descobrir uma falha qualquer no texto original e pedir correção. E, quando não há mais jeito, acha-se um: colocar uma emenda, por exemplo. E toca a novo exame, no mínimo da procuradoria jurídica. É assim. E é mesmo. Até que o ano termina, o projeto caduca e volta-se ao ponto inicial.

Pois é exatamente o que acontceu com a tentativa mais recente, feita pela Prefeitura, apresentada ainda no primeiro semestre deste ano e que não foi votada. Antes, houve projeto semelhante que acabou sendo retirado pelo autor.

Enquanto isso… bem, o sossego público? Pfffff… Mortes no trânsito? Oh, que pena…