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ELEIÇÕES 2010 (2). Dilma treina “lulês” – que significa falar a língua do eleitor

O governador paulista José Serra tende a ser, meeeesmo, o candidato do PSDB (leia-se, da oposição) à Presidência da República em 2010 – não obstante a palavra titubeante (vamos dizer assim) do presidente nacional do PSDB, o pernambucano Sérgio Guerra, na nota que publiquei agora há pouco, imediatamente antes desta.

Mas, enquanto Serra, que liderará o consórcio PSDB/DEM/PPS e outros aliados menores, ainda está às voltas com as questões internas, e vendo a tendência de apoio a ele estacionar nas pesquisas (ainda que em patamar bastante elevado), a candidata governista trata de mudar sua imagem pública. Isso vale para o visual e, sobretudo, para o verbal. Afinal, não se pede voto (apenas) com roupas elegantes e/ou bonistas.

Dilma Rousseff está passando por um processo, curiosamente, inverso ao de Lula. Este se sofisticou, em 2002, para voltar agora (com linguagem beeeem mais acessível a todos) ao discurso anterior. Já ela tem que dar o primeiro passo. Qual? A resposta está em reportagem interessantíssima publicada pel’O Estado de São Paulo, no final de semana. A foto é de Elza Fiúza, da Agência Brasil. Confira:

Nada de senhor e senhora, mas de “companheiros e companheiros”. E o PAC, bem, precisa virar popular, nas palavras dela
Nada de senhor e senhora, mas de “companheiros e companheiros”. E o PAC, bem, precisa virar popular, nas palavras dela

Dilma treina ‘lulês’ e adota agenda mais popular

Com temperamento forte e fama de “durona”, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ensaia novo passo na coreografia para 2010. Na versão “Dilminha paz e amor”, a candidata do PT ao Palácio do Planalto vai adotar agenda mais popular nos fins de semana, a partir deste mês, e já está treinando o “lulês”, como ficou conhecida a linguagem coloquial usada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seus discursos. Dilma substituiu o tradicional “senhores e senhoras” por “companheiros e companheiras”, esforça-se por traduzir os números do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o cotidiano da população e vira e mexe recorre ao bordão que os brasileiros não se cansam de ouvir na boca do presidente, como “nunca antes neste país”.

Na tentativa de se aproximar do público feminino, a ministra também aprendeu a bater na tecla do preconceito contra a mulher e abusa da retórica sobre o “aconchego do lar” quando apresenta o programa Minha Casa, Minha Vida, que usará como plataforma de campanha. A “família” é personagem constante nos discursos de Lula, mas até mesmos petistas observam que Dilma não tem a mesma espontaneidade ao falar da vida real.

A estratégia criada sob medida para produzir uma espécie de simbiose entre Lula e Dilma nos palanques já virou motivo de brincadeira no grupo de conselheiros da ministra, que se reúne semanalmente para traçar diretrizes políticas. Bem-humorados…”

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