Coluna Observatório. “Ebulição eleitoral já começa a tomar conta do campus da Universidade”

Felipe Muller e Paulo Burmann estão com as armas ensarilhadas. O duelo tem data marcada: 2009. O sonho: virar reitor da UFSM pelo voto majoritário de professores, alunos e servidores. Cada qual com seus argumentos e apoiadores.

Muller contará com a chancela do atual ocupante do cargo, Clóvis Lima, que não se apresentará ao eleitorado. O atual vice-reitor se movimenta claramente como candidato e contará, em princípio, com a retaguarda óbvia de quem tem a, digamos, máquina da reitoria. Tanto quanto em qualquer outra eleição, estar no poder facilita a vida de quem pretende permanecer nele.

Burmann, com um discurso quase de anti-candidato, chegou em terceiro no pleito de 2005, e se consolidou como independente de todos quantos dirigiram antes a instituição. Ele sabe, porém, que precisa ampliar seu público. O que implica, necessariamente, em concessões. De todo modo, se coloca em evidência na UFSM, como coordenador do Mestrado em Odontologia, criado este ano.

Nesse processo há uma pergunta que não quer calar: que tipo de influência, favorável ou contrária a um ou outro, poderá ter a Operação Rodin? Ninguém é capaz de responder hoje. Mas o tema surgirá. Inclusive porque, é certo, pessoas ligadas à Universidade estarão sendo processadas, à época do pleito.

Outra pergunta: pode surgir um terceiro nome, capaz de se interpor entre as candidaturas hoje consolidadas? Há quem diga sim. E até nomeia Rogério Koff, atual Diretor do Centro de Ciências Sociais e Humanas e atual presidente da Fatec. Uma fonte claudemiriana aposta: “se ele tiver sucesso na reestruturação da fundação metida até o pescoço no futuro processo judicial em torno da Rodin, poderá se habilitar”.