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Opinião. Analista força um pouco a barra e faz analogia entre idéias de Lula e as da ditadura

Você não pode tratar iguais como desiguais, nem desiguais como iguais. Se não é isso, é muito parecido com isso. Pois foi o que fez o jornalista, aliás muito competente e respeitado (mas com o qual nem sempre há a obrigação de concordar) Josias de Souza, da Folha de São Paulo.

Afinal, são circunstâncias históricas e contexto econômico completamente diferentes. E aqui não se está falando sequer da questão da democracia, mas apenas no que toca à economia – aliás, o objeto da avaliação do jornalista. Em todo caso, tire sua própria conclusão lendo o que Souza escreveu, na sua página na internet, acerca do discurso feito por Luiz Inácio Lula da Silva, ao ser empossado (leia nota imediatamente anterior) para o segundo mandato de quatro anos à frente da Presidência da República:

”Lula reedita teoria do bolo: ‘crescer e incluir’

Ao tomar posse pela segunda vez diante do Congresso, Lula reeditou uma teoria lançada sob o “Brasil grande” do regime militar. Dizia-se então que era preciso fazer o bolo crescer antes de distribuir renda. “Hoje, digo que os verbos acelerar, crescer e incluir vão reger o Brasil nestes próximos quatro anos”, pontificou Lula. Note-se que o verbo “incluir” foi acomodado na rabeira da frase do presidente, depois de “acelerar” e crescer”.

Lula tem pressa. Fez um paralelo entre a segunda e a primeira solenidade de posse. “Tudo é muito parecido, mas tudo é profundamente diferente”, disse. “(…) Sou igual quando volto a conjugar, nas suas formas mais afirmativas, o verbo mudar, como fiz aqui quatro anos atrás. Mas sou diferente, pois, sem renegar a paciência e a persistência que aqui também preguei, quero hoje pedir, com toda ênfase, pressa, ousadia, coragem e criatividade para abrir novos caminhos”.

Em 2003, ao falar de mudanças, Lula fora mais cuidadoso. Mencionou o vocábulo “processo”. Disse: “…A mudança é um processo gradativo e continuado, não um simples ato de vontade, não um simples arroubo voluntarista”. Acrescentou: “…Ninguém pode colher os frutos antes de plantar as árvores”.

A despeito da pressa, Lula pronunciou um discurso que teve mais ideologia do que soluções. Injetou no discurso de posse uma retórica de palanque. Disse que, ao elegê-lo, o “mais do que um homem, escolheu uma proposta, optou por um lado”. E deu uma estocada no que chama de elite.

“Não faltaram os que, do alto de seus preconceitos elitistas, tentaram desqualificar a opção popular como fruto da sedução que poderia exercer sobre ela o que chamavam de ‘distribuição de migalhas’. Os que assim pensam não conhecem e não entendem este país. Desconhecem o que é um povo sem feitores, capaz de expressar-se livremente”.

Em seguida, alfinetou os meios de comunicação: “O que distribuímos – e mais do que isso: socializamos – foi cidadania. Este povo constitui a verdadeira opinião pública do país que alguns pretenderam…”


SE DESEJAR ler a íntegra deste artigo, e também outros sobre o mesmo tema, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.

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