Homofobia e todo o tipo de preconceito – por Débora Dias
Muito se tem falado sobre homofobia, tanto nos meios de comunicação, entre estudiosos e também nas rodas de conversa. Tem coisas que me incomodam muito e o preconceito é uma delas. Por isso resolvi também me manifestar sobre o assunto. Dentro deste contexto, reflito nas dificuldades que o ser humano tem de aceitar as diferenças, ou o que é diferente para os padrões estabelecidos por determinadas pessoas, em determinada época. Vou mais longe, como algumas pessoas não superam essas diferenças e refletem todo o preconceito e ignorância em seus atos e ações lícitos (até por ali) e ilícitos. De minha parte, tento despir-me de todo preconceito; tentei educar minha filha desta maneira.
Quando vejo notícias de homossexuais serem violenta e covardemente agredidos, principalmente destacando-se a cidade do Rio de Janeiro, observo que esses criminosos usam a violência pela violência, de forma gratuita, talvez escondendo sentimentos muito bem guardados em seu interior e com medo que eles aflorem sem controle. O preconceito surge do medo.
A homofobia é grave. Sob meu ponto de vista acho que esse tipo de preconceito, assim como os neonazistas, os sexistas e outros decorrentes, os quais geram ocorrências de crimes, deveriam ter suas penas agravadas. Nesse sentido, a lesão corporal decorrente de preconceito, não é simplesmente uma lesão corporal, mesmo que na grande maioria dos casos haja qualificadoras, ou até mesmo na pior das hipóteses um homicídio, mas há o sentimento peculiar, dolo específico de humilhar, de agredir a pessoa pela sua orientação sexual, por ser nordestino, por ser negro, etc. Esse tipo de crime merece punição severa e imediata, como resposta do Estado. Não se pode deixar no imaginário social a ideia de impunidade, ainda mais, criando ambiente profícuo para o nascimento de pequenos “Adolf Hitler”.
Por outro lado, a prevenção não pode ser esquecida. O debate é importante e aí volto à educação, vamos falar abertamente com as crianças que as pessoas são diferentes e nem por isso deixam de ser pessoas. Que porque alguém é gay não deixa de ser humano em nenhum momento e este fato não a denigre como pessoa, é somente uma parte de alguém, não é o todo.
Na segunda-feira o governador do Estado lançou a campanha “O Rio Grande Sem Homofobia” e apresentou o selo “Faça do Brasil um Território Livre de Homofobia”, ficando a data de 17 de maio como dia estadual em defesa da dignidade humana e pela promoção dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTs). Acredito que a iniciativa é importante e merecedora de aplausos.
Finalizo com o pensamento de Boa Ventura Santos: “temos o direito de ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza”.
Concordo contigo no sentido de que realmente todo o ser humano merece respeito independentemente de quem seja, mas infelizmente existem sim pessoas que estão sofrendo discriminação mais do que outros e isto é estatístico! Não concordo com a bandeira “orgulho gay”, por exemplo, porque acho que não há o porquê desta bandeira, senão teríamos o dia do orgulho hetero como já há gente discutindo. Não há orgulho em ser heterossexual como não há orgulho em ser gay, é apenas uma condição que deve ser respeitada! E neste sentido, acho que não dever haver “exageros”! Abraços!!@Vinícius Pacheco Vieira
Concordo em parte com a opinião da autora, porém não acredito que deva existir um agravante por “bater” em homossexuais. Acredito que é errado bater em alguém por qualquer motivo, a não ser pelos pequenos trechos da lei que prescrevem legítima defesa entre outra exceções.
Acho um exagero a proporção que essa causa dos gays está ganhando, principalmente do tempo das autoridades com um problema que certamente deveria estar atrás em questões de prioridade como, educação, saúde, infra-estrutura, previdência privada entre outras milhares de mazelas que atrasam nosso país e refletem as vergonhosas estatísticas de desemprego, analfabetismo.
É uma questão importante, mas eu reforço a ideia que a cada dia o movimento perde seus ideias corrompendo-se com sua sede de poder político como minoria, descaracterizando o que a maioria quer: Respeito de todos com todos.
Não podemos e não devemos ficar caracterizando e discriminando os cidadãos pelo sexo, pois a constituição federal assim não prevê. Então sejamos justos com todos, negros, nordestinos, gays, transsexuais, mulheres, altos, baixos, carecas, pardos, ateus e comecemos a tratar-los como merecem, como os cidadãos que são.