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MEMÓRIA. A questão dos mortos e desaparecidos da época da ditadura terá debate em Santa Maria

Não canso de afirmar: anistia é perdão, jamais o esquecimento. E este (nem sempre) humilde repórter, embora tenha vivido intensamente os estertores do regime autoritário, sabe muitíssimo bem o que ocorreu enquanto sua infância decorria.

Dito isto, e para lembrar o que aconteceu naqueles tempos sombrios, vale a pena conferir o debate que acontece na próxima quinta, em que um livro pra lá de elucidativo (para os que pouco sabem e especialmente para os que sabem, mas fingem que não) terá sua segunda edição lançada em Santa Maria. Os detalhes estão em nota publicada no sítio da UFSM, produzida pela Coordenadoria de Comunicação Social da instituição. Confira:

Um livro fundamental, que impede o esquecimento das atrocidades da ditadura
Um livro fundamental, que impede o esquecimento das atrocidades da ditadura

Quinta-feira é dia de debater sobre a Ditadura e os desaparecidos

 

Na próxima quinta-feira, dia 26, os departamentos de História da UFSM e da UFRGS e a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do RS promovem o debate/lançamento da 2ª edição do livro Dossiê Ditadura – Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil (1964-1985). O evento ocorre no auditório da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) e terá a participação de Criméia de Almeida, que esteve na Guerrilha do Araguaia; e Suzana Lisboa, mulher de Luiz Eurico Lisboa, irmão de Nei Lisboa, que militou na clandestinidade, teve passagem por Santa Maria e foi morto em São Paulo. Ambas pertencem ao movimento dos Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.

O debate e lançamento do livro terá a coordenação do prof. do Departamento de História da UFRGS, Enrique Padrós e do chefe do Departamento de História da UFSM, prof. Diorge Konrad. Será às 19 horas de quinta-feira, na Sedufsm, na rua André Marques, 665, centro de Santa Maria…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas pela Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM.

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11 Comentários

  1. Pelo jeito, o sr. Ricardo Bieri ainda faz parte da comunidade de “informações”, pois é tão bem informado que sabe que a SEDUFSM vai ceder os eu auditório para um evento do curso de História. Ou seja, não é a SEDUFSM que organiza, apenas cedeu o auditório. O evento é científico, mas o sr. nunca irá recnhecer isso, pois tem uma viseira na frente dos olhos. Não entrei aqui para defender Lula e nem falar no presidente do Irã. Mas, já que essa direita fascista gosta de falar tanto do presidente do Irã, proque não falam no governo de Israel que em janeiro desse ano matou mil palestinos em bombardeios criminosos, inclusive dezenas de crianças? Por que não fala em Ariel Sharon, o gorila israelense, hoje em vida vegetativa, pagando pelas centenas de mortos nos massacres de Shabra e Shatila, no Líbano? A mídia escolheu o presidente iraniano para ser o “judas”. Claro, é perigoso para Israel um país como o Irã ter a bomba atômica, pois se tornaria uma ameaça ao seu poderio no Oriente Médio. Infelizmente, a mídia mundial, com a conivência da maioria dos governantes, defende os governos facistas de Israel, e o que é pior, governos atolados em corrupção até o último fio de cabelo. Aplauda sr. Bieri, aplauda feito papagaio de auditório.

  2. Parabéns à JPmdb pela aquisição desse rapaz, Ricardo Bieri, aos seus quadros. Pergunto à vários militantes históricos do MDB, o que pensam dessas posições e se encontarm eco dentro das instâncias peemedebistas.

  3. Por acaso foi “asneira” o assassinato do major Martinez, quando este tentava justamente PROTEGER a terrorista que o matou em uma rua no Rio de Janeiro em 1973? Este crime em particular me causa ASCO, NOJO, REPULSA e REVOLTA, porque o major Toja Martinez era um jovem oficial da tropa dos Paraquedistas (não era da polícia e nem do DOPS), ele foi totalmente desarmado ao encontro da traiçoeira terrorista (que se fingia de grávida, na verdade tinha uma pistola escondida na barriga), o major deixou esposa e quatro filhos pequenos. Fora a “Placa” na Brigada de Infantaria Pára-Quedista em um quartél no Rio, qual outra HOMENAGEM a Pátria prestou a este herói nacional? Garanto que o nome da terrorista é lembrado em “Congressos” e “Seminários”, como o deste que vai acontecer na 5° feira na SEDUFSM,…é uma verdadeira “INVERSÃO DE VALORES”!

  4. Por acaso foram “asneiras” o assassinato (metralhado na frente dos filhos) do empresário dinamarquês Von Boilesen em 1973?

  5. Você não vai lá em Brasilia recepcionar o “democrático” e “humanitário” presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, o “democrático” presidente da República dos Aiatolás, que negou o Holocausto, tortura opositores e fuzila dissidentes? Fritz, ainda dá tempo, parece que ele fica só até hoje no Brasil, e se vc correr ainda poderá dar um grande abraço no teu líder o Lula (o “Filho do Brasil”) e também no iraniano @Fritz

  6. Por acaso foram “asneiras” as bombas lançadas por terroristas que queriam implantar no Brasil um regime semelhante a Cuba, URSS, Albânia e China? Em especial ao “carro-bomba” que estraçalhou o soldado do QG do II Exécito (São Paulo), Mário Kozel Filho, um jovem de 19 anos?

  7. Claudemir, não defendo a tortura, muito menos a intolerância (seja ela de qual matiz Ideolóliga seja), mas não posso aceitar que vc venha me OFENDER com termos pejorativos, tipo “escrever asneiras”,…por acaso foram “asneiras” o frio assassinato cometido pelo bando terrorista do Carlos Lamarca, que estraçalhou o crânio do tenente da Polícia Militar (Força Pública de São Paulo) Alberto Mendes Jr, no Vale do Ribeira em maio de 1970?

  8. Nós vivemos no Brasil, não em Cuba e nem na URSS. Portanto, ridículo e tolo esse argumento de citar esses países para defender torturadores do Brasil. Talvez esse cidadão, Ricardo Bieri, deveria citar sim o país vizinho, a Argentina, onde diversos militares foram processados e muitos até presos pelos crimes cometidos durante a ditadura militar. Talvez devesse citar o juiz espanhol, Baltazar Garzón, que ordenou a prisão do “gorila-mor”, general chileno, Augusto Pinochet. Infelizmente, ainda temos pessoas que não querem enxergar, e que têm a coragem de defender a criminalidade institucional, que foi o que aconteceu no Brasil entre 1964 e 1984.

  9. Porque senão, neste caso, então vamos nos lembrar também (além das torturas), dos assassinatos de pessoas inocêntes praticados por terroristas que queriam implantar no País uma ditadura marxista-leninista ao melhor estilo da ex URSS e de Cuba, dos atentados a bomba (do Aeroporto de Guararápes no Recife em 1966, por exemplo, em que três pessoas inocêntes perderam a vida e várias outras ficaram feridas), dos sequestros de diplomatas estrangêiros, dos assaltos a banco, dos roubos a quartéis, dos famosos “Justiçiamentos”,…isto ninguém se lembra??? (NOTA DO EDITOR: no regime que você defende, que torturou, matou, amordaçou, exilou e outros “ou”, ninguém tinha o direito de falar, muito menos de escrever. Inclusive asneiras. O que hoje é possível, até mesmo nos comentários que libero, democraticamente, neste sítio).

  10. Claudemir, me responde sinceramente: “Vc foi perseguido durante o Regime Militar, foi torturado, ou algo do gênero? O que exatamente vc quis dizer com a frase “Anistia é Perdão, jamais Esquecimento”???? Se foram justamente os militares que consederam este benefício,…e discordo TOTALMENTE de vc caro repórter, pois se vc estudar um pouco mais (o que no seu caso me parece um pouco “difícil”, visto que insiste neste tema), anistia além de PERDÃO, é sim também ESQUECIMENTO,…para o bem ou para o mal,…apesar de alguns elementos da esquerda “raivosa” e “rancorosa” se recusarem a aceitar isto!

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