A discussão existe. E foi fomentada pelo próprio governador Tarso Genro, a pedido dos interessados, via Gabinete Digital – uma importante inovação do governo gaúcho. Um grupo de trabalho foi instalado para tratar do assunto.
Mas, definitivamente, consenso não há a respeito. Longe disso, como mostra material publicado hoje pelo jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Rachel Duarte. Acompanhe:
“Separação entre Bombeiros e Brigada Militar ainda não tem consenso no governo
Quase um mês após a primeira conversa entre representantes do governo gaúcho e a Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs), a proposta de separar o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar está longe do consenso. Apesar do anúncio de um grupo de trabalho para discutir a questão, o comando da Brigada afirma que a ideia não é separar, mas qualificar o Corpo de Bombeiros.
O debate foi aberto na estreia do Gabinete Digital, quando Tarso Genro respondeu à questão, mais votada entre os internautas, sobre a autonomia dos Bombeiros em relação à Brigada. “Devemos avaliar qual o significado dessa autonomia, porque ela pode ser administrativa, para valorizar, investir e qualificar o corpo de funcionários, ou pode significar a separação dos Bombeiros da Brigada Militar, o que implicaria uma série de questões, inclusive de natureza constitucional”, disse Tarso.
Na ocasião, o governador instalou um grupo de trabalho para tratar do assunto. Dez dias depois, estavam reunidos Abergs, Secretaria de Segurança, Brigada Militar, Casa Militar e a chefia de gabinete do governador. Deste encontro ficou prometido um decreto do governador para solucionar o debate, mas uma posição de governo só sairá depois da avaliação do grupo de trabalho…”
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Espero que este GT seja sério e discuta a separação dos Bombeiros e não apenas um faz de conta. Vamos deixar a arrogância gaúcha de lado, e achar que do Mampituba pra baixo tudo é melhor. As experiências dos Estados que separaram os Bombeiros das Polícias Militares são as mais exitosas possíveis. Ganharam a sociedade, os bombeiros e a polícia.
Mais do que o GT, o governador Tarso Genro tem que abrir este debate com a sociedade gaúcha. Vamos debater com seriedade este tema, seja através dos COREDES ou através de audiências públicas. Mas isso não pode ficar restrito à gabinetes. Os interesses não podem ser os corporativos e sim os da sociedade como um todo.