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Não creio, mas… Lula e dona da ex-revista Veja teriam feito acordo. E Dantas estaria salvo

Prefiro não acreditar. Adoraria não acreditar. Mas, que diabo, o que escreve Luis Nassif, um cara por quem tenho o maior respeito, especialmente por suas observações independentes da vida nacional e, sobretudo, pelo conhecimento que tem das falcatruas editoriais da ex-revista Veja, o mínimo que posso fazer é reproduzir o que ele escreve. Seria a salvação do megaescroque Daniel Dantas, o sujeito de olhar facinoroso aí da foto ao lado, com um conluio que envolveria a Editora Abril, dona da ex-revista, em benefício de… bem, leia você mesmo, e tire tua conclusão:

 

“Lula, Satiagraha e a Real Politik

Atenção, um novo capítulo se abre para o caso Satiagraha.

O governo Lula acertou um acordo com a Editora Abril – e, por extensão, com Daniel Dantas – para anular a Operação Satiagraha. O acordo foi montado da seguinte maneira:

1. É impossível interferir nos trabalhos em andamento do Ministério Público Federal e do juiz De Sanctis. A ofensiva de Gilmar Mendes foi um tiro no pé.

2. A estratégia acertada consistirá em tentar anular o inquérito de Protógenes, no âmbito da Polícia Federal. A versão preparada é que o inquérito continha irregularidades que precisariam ser sanadas. E a Polícia Federal colocou seus homens de ouro para “salvar” o inquérito. O trabalho dos “homens de ouro, na verdade, será o de garantir a anulação do inquérito.

3. Ao mesmo tempo, o governo aproveitará o factóide dos 52 funcionários da ABIN que participaram da operação – uma ação de colaboração já prevista pelo Sistema Brasileiro de Inteligência – para consumar a degola de Paulo Lacerda. A matéria do Estadão de domingo, o da “demissão em off” estava correta. Sabe-se, internamente no governo, que a operação foi normal. Assim como se tem plena convicção de que o tal “grampo” entre Gilmar Mendes e Demóstenes Torres foi uma armação. Mas Lula se curvou à real politik.

4. De sua parte, jornais e jornalistas mais envolvidos com o jogo estão reforçando essa versão do “inquérito ilegal” e do messianismo do delegado Protógenes. A armação, agora, terá o reforço da concordância tácita do Palácio.

5. O pacto foi referendado pela Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff. O Ministro Tarso Genro foi o que se mostrou mais constrangido com a operação, mas acabou se curvando à força dos fatos. Com essa operação, Lula e Dilma passam a ser aceitos no grande salão nobre, pavimentando a candidatura da Ministra para as próximas eleições.

6. O seu principal adversário, José Serra, já é outro aliado que entrou à reboque da Editora Abril. Está pagando um preço caro, com a descaracterização do seu discurso político.

7. A bola, agora, está com o Ministério Público e o Juiz De Sanctis, que terão que trabalhar com essa nova peça do jogo: a intenção de se anular o inquérito…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – clique aqui e leia a íntegra da nota “Lula, Satiagraha e a Real Politik”, de Luis Nassif.

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