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11 DE SETEMBRO. Al Qaeda está desarticulada, diz professor, para quem Bin Laden foi “morto como um cachorro”

Coggiola: um teve julgamento, outro foi “morto como um cachorro”

Digamos, para ser singelo, que a opinião do professor da Universidade de São Paulo, Osvaldo Coggiola, é singular. Não necessariamente única. Mas, certamente, pode induzir alguém a fazer comparações e até renegar muito do que ele fala. Mas, estará errado o autor de mais de 60 livros, ao fazer uma comparação meio que inusitada?

Qual? Ela é facilmente perceptível logo no início do material produzido pela assessoria de imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM, acerca da palestra, seguida de debate, de Coggiola, no ‘segundo tempo’ da promoção “Cultura na Sedufsm”, dedicada a analisar e debater os episódios de 11 de setembro de 2001 e suas decorrências. Bueno, confira você mesmo a reportagem assinada por Fritz R. Nunes, com foto de Renato Seerig. A seguir:

Coggiola: “Bin Laden foi morto como um cachorro”

Adolf Eichmann, mentor dos campos de extermínio de judeus e de opositores do nazismo, foi preso (seqüestrado) na Argentina pelo serviço secreto israelense, no início dos anos 1960 e teve direito a um julgamento, inclusive com advogado de defesa, em território israelense. Já Osama Bin Laden, que pela quantidade de mortes que lhe são atribuídas, seria um “trombadinha do terrorismo”, se comparado aos atos perpetrados por Eichmann, acabou morto como um “cachorro”, sem direito a julgamento. E, o pior, nem os governos “ditos de esquerda” protestaram em relação a esse fato, aceitando-o com naturalidade, espinafra Coggiola.

O economista argentino e professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP), Osvaldo Coggiola esteve na noite de segunda, 29, participando da 48ª edição do Cultura na SEDUFSM, que abordou os reflexos mundiais do 11 de setembro, passados 10 anos. Coggiola, que é autor de mais de 60 livros, falou especificamente sobre “O terrorismo e o 11 de setembro”, para um público de mais de 90 pessoas, que lotou o auditório do sindicato docente da UFSM. A coordenação da palestra foi do professor de História da instituição, Carlos Armani.

Para o professor da USP, nunca existiu uma conspiração terrorista internacional, que efetivamente ameaçasse o mundo ocidental, como fez parecer o governo George W. Bush para justificar a “guerra ao terror”, que em outubro de 2001 levou à invasão do Afeganistão e, em 2003, à invasão do Iraque. O que houve foi a organização de uma rede terrorista (Al Qaeda), cujo líder, Osama Bin Laden (de origem árabe), havia sido financiada pelos próprios Estados Unidos, a partir de 1979, momento em havia a resistência dos afegãos contra a invasão dos soviéticos (hoje apenas russos). Com a desocupação do Afeganistão e o fim do regime soviético, a Al Qaeda passa a combater um outro tipo de “infiel”, neste caso, os norte-americanos, em função da ingerência e dominação desses no mundo árabe.

Para Coggiola, é inegável que o número de atentados comandados por Bin Laden, especialmente os do ‘11 de setembro’, que incluíram a espetacular ação de derrubada das torres gêmeas, em Nova York, causou grande impacto. Contudo, na avaliação do historiador, a rede terrorista hoje está desarticulada e, em alguns casos, lhe seriam atribuídas mais responsabilidades do que efetivamente teria…”

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