Delegacia de Polícia Para Mulher na comunidade – por Débora Dias
No dia 16 do mês e ano em cursos a Delegacia de Polícia Para Mulher de Santa Maria instalou a Delegacia Móvel na Escola Marista II, na Vila Nova Santa Marta. Participaram do evento policiais da delegacia da Mulher e também da Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente, acadêmicos e professores da UFSM e FAPAS, além da estagiária de Psicologia da ULBRA. O objetivo era levar a delegacia dentro da comunidade, efetuar a aproximação da polícia, mostrar como funciona o trabalho da delegacia, realizar uma “conversa” com a comunidade; nosso público alvo era as mães e mulheres que levam seus filhos, irmãos, netos, enteados, todos os dias à escola.
Para garantir essa aproximação fizemos questão de levar profissionais e/ou futuros profissionais que atuam em áreas intimamente ligadas ao problema da violência doméstica. Ressaltando aqui a necessidade de um atendimento multidisciplinar a mulheres, crianças e adolescentes que vivem uma história de violência. Neste sentido, salientamos novamente que o problema da violência doméstica abarca muito mais que a ciência do Direito Penal.
Participaram, então, profissionais e futuros profissionais das áreas de Enfermagem, Psicologia e Direito.
Inseridos no intuito de aproximação, orientação e prevenção dos crimes e como estávamos dentro de uma escola, embora direcionadas principalmente para as mulheres, não poderíamos esquecer do corpo discente e foi aqui que entrou a participação dos policiais da DPCA, os quais foram imbuídos a tirar dúvidas e orientar alunos e professores a respeito do uso indevido de drogas, abuso sexual e salientar neste último caso, a importância da denúncia, mesmo que de forma anônima.
A receptividade da comunidade escolar foi muito boa. Enquanto a delegacia móvel (apta a fazer registro de ocorrências) estava no pátio da escola, as crianças brincavam em volta, conheciam a delegacia móvel por fora e por dentro, faziam perguntas, esclareciam curiosidades infantis, como por exemplo, conhecer a cela que possui a viatura; a interação foi grande.
O nosso objetivo eram as mulheres, mas sem dúvida, as crianças e adolescentes tomaram conta do espaço. Importantíssima esta aproximação, esse contato, fora das dependências da delegacia de polícia, ambiente formal e no imaginário popular pesando, por óbvio, a função repressora.
As mães também se aproximaram, conversaram, foram tiradas dúvidas e encaminhamentos com os alunos do Direito, orientados por um professor, da FAPAS.
A estagiária de psicologia, que atende na Delegacia da Mulher, também foi muito procurada.
O pessoal da UFSM, curso de enfermagem, demonstrou com muita boa vontade a que vieram
Durante o período em que ficamos no espaço da escola, tomamos emprestado o espaço escolar, o corpo docente e direção foram extremamente acolhedores e abertos a informações. Por falar, na Escola Marista II, é de se salientar que é muito bem estruturada, organizada e junto conosco abraçou a missão da aproximação da Polícia Civil na comunidade.
Termino hoje com uma citação de Émile Durkheim:
“É preciso sentir a necessidade da experiência, da observação, ou seja, a necessidade de sair de nós próprios para aceder à escola das coisas, se as queremos conhecer e compreender.”
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