É A PRÁTICA. Há partidos que se “vendem”. E os que “compram”. Inclusive em SM
O Brasil, antes do PSD e do PPL (que ainda buscam seu registro em tempo para participar da eleição de 2012) tem 27 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral – clique AQUI para saber quais são e quem é o presidente de cada um deles.
Basta uma olhada rápida para perceber que, excetuadas as agremiações, digamos, ideológicas (normalmente, embora não apenas, à esquerda do espectro político), não passam de uma dezena as siglas preponderantes. Isto é, com representação minimamente consistente nos parlamentos e executivos em todos os níveis. As demais são meras figurações, aparecendo aqui e ali numa eleição majoritária.
Mas, então, qual a utilidade delas? Ora, com raras exceções, tão raras que o editor não lembra de uma só delas, servem apenas para coadjuvar as maiores, usufruindo do máximo que puderem em benesses políticas e/ou econômicas.
Antes que algum gaiato fale em “compra” de partidos, esclareça-se que, no caso, é o contrário. Isto é, esse tipo de partido “vende” (ou, vá lá, “aluga”) a sigla. Mas o que elas têm para vender? Só uma coisa, já que as letras que compõem o nome do partido não interessam ao “comprador”: os 30 segundos que cada uma tem direito de ocupar na propaganda eleitoral eletrônica, independente de ter ou não representação na Câmara dos Deputados.
E tem quem compra? Tem, claro que tem. Em Santa Maria, mesmo, segundo o editor apurou, e a Chefe de Gabinete da Prefeitura, Magali Marques da Rocha, com palavras polidas (integração ao governo ou coisa que o valha), disse em entrevista recente ao jornal A Razão, a prefeitura está incorporando à administração algumas desta siglas. Tudo visando a governabilidade (eitcha palavrinha bonita) e, claro, a eleição do próximo ano.
Seriam pelo menos quatro os partidos na mira. E o que o governo municipal vai “pagar” por isso? Um preço político e outro econômico. Uma promessa e uma realidade, respectivamente. A primeira é a possibilidade (oferecendo no máximo uma vaga) de coligação no pleito para a vereança, se isso for permitido no próximo ano. A segunda é a nomeação de algum Cargo de Confiança no administração da comuna. Exatamente no lugar de algum dos demitidos depois do recenseamento de CCs concluído há duas semanas.
EM TEMPO: não se está, aqui, a execrar ou demonizar a prática da atual administração, especificamente. Por uma singela razão. É procedimento de tooooodos os governos, em toooodos os níveis e há muuuito tempo. O que se fez, neste texto, foi uma mera exposição didática de como alguns partidos “compram” o que outros têm para “vender”. Simples assim.
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Sem comentários, na sua quase totalidades esses partidos nanicos são mercadores de interesses dos seus dirigentes. Dizem que no Brasil soh é mais fácil doque criar um partido é criar uma Igreja. Não sei onde iremos chegar. Certa época na UFSM, meia dúzia de Docentes se discordavam, e criavam um Departamento, não sei se continua assim, na politica não é diferente.