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UNIDADE REGIONAL. Reunião em Florianópolis lança a “bancada Sul” de parlamentares

Santa-marienses Paulo Pimenta e Valdeci Oliveira participaram do evento em SC

A propósito de reunião acontecida hoje, em Florianópolis, com a participação de deputados, senadores, empresários e outras lideranças dos três estados do Sul, acompanhe relato produzido pela Agência de Notícias da Assembleia Legislativa catarinense, e distribuído pela assessoria do deputado federal Paulo Pimenta (PT), coordenador da bancada gaúcha no Congresso. A seguir:

Bancada Sul é lançada em SC

Deputados estaduais e as bancadas federais catarinense, gaúcha e paranaense debateram o Projeto Sul Competitivo em encontro realizado hoje, dia 12, no Plenário Deputado Osni Régis, no Palácio Barriga Verde. A Federação de Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) apresentou o estudo que mapeou os gargalos logísticos enfrentados pela região Sul e sugeriu soluções em conjunto para melhorar a infraestrutura e ampliar a competitividade das cadeias produtivas dos três estados.

Os representantes do Fórum Industrial Parlamentar Sul, deputados federais Edinho Bez (PMDB/SC) e Paulo Pimenta (PT/RS), estiveram presentes ao lado do senador Casildo Maldaner (PMDB), deputado federal Esperidião Amin (PP) e dos deputados estaduais Manoel Mota (PMDB), Angela Albino (PCdoB), Valmir Comin (PP) e Dóia Guglielmi (PSDB).

Também participaram do encontro os representantes da Federação de Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor Muller, e da Federação de Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Mário Stamm, que são parceiros do Projeto Sul Competitivo que conta, ainda, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Na posição de um dos coordenadores do Fórum, Edinho falou que o objetivo dos três estados é somar forças. Já o deputado federal Esperidião Amin alertou que ainda há muito para trabalhar até a integração do Fórum do Sul ser completa. Uma das responsáveis por trazer o evento para o Parlamento, a deputada Angela Albino disse estar impressionada com o conteúdo proposto. “Essa iniciativa é essencial para tirar do papel obras necessárias para os três estados”, disse.

De acordo com Pimenta, o encontro, que reuniu a federação das indústrias dos três estados, foi o ponto de partida para a execução de um planejamento estratégico de desenvolvimento para o sul do país. “Nosso objetivo é promover ações conjuntas entre as três bancadas federais, legitimando nossas reivindicações. Queremos ampliar nossa capacidade de captação de investimentos. Formamos um bloco coeso de parlamentares que, independentemente de bandeiras partidárias, estão em sintonia no trabalho em defesa dos interesses da região sul do Brasil”, afirmou Pimenta.  

O presidente eleito da Fiesc, Glauco Côrte, ressaltou a importância dos deputados para defender o Sul em Brasília, reafirmando os pleitos da região diante do Governo Federal. “É indispensável o apoio da classe política. A indústria brasileira arca hoje com um custo muito elevado. A cada R$ 100 faturados, R$ 18 são gastos com logística, o dobro do custo de uma empresa americana que são nossas concorrentes no mercado mundial”, explicou. Côrte lembrou ainda que as oportunidades também estão sendo mapeadas para aumentar a competitividade industrial do Sul do Brasil.

O atual presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, acredita que a Federação catarinense está preparada para esta iniciativa baseada em seu amplo diálogo com sindicatos laborais, patronais e imprensa. Já o presidente da FIERGS, Heitor Muller, destacou que os três estados possuem anseios semelhantes referentes às carências de diferentes setores. “A BR 101, que há anos vem sofrendo atraso em sua obra, será beneficiada com esta iniciativa”, ressaltou. Representando o presidente da FIEP, o executivo Mário Stamm lançou um desafio: “Queremos fazer do transporte – ferroviário, rodoviário, marítimo e aéreo – referência de qualidade no Sul do país”.

O consultor da Macrologística Oliver Girard adiantou que o projeto tem duas fases. “Na primeira estamos preparando um diagnóstico para traçar um planejamento estratégico do transporte de cargas nos três estados e nos países do Mercosul, visando aplicar todas as alternativas possíveis para reduzir custos. Na segunda fase, vamos formar um eixo de integração e desenvolvimento”. Para reduzir os custos logísticos, serão selecionados modais de transporte modernos (trilhos com bitolas de 1,60 metros, portos com águas profundas).

De acordo com Renato Pavan, sócio da Macrologística, o projeto já identificou as 19 principais cadeias produtivas da região Sul a partir dos eixos de transportes que ligam a produção até o cliente final tanto no Brasil quanto no exterior. São cerca de 70 produtos diferentes da origem até o destino. “A partir deste trabalho será mapeada a integração de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná com os países vizinhos, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile”, afirmou. Para tirar o Sul Competitivo do papel vão ser contempladas obras que já estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), obras das previstas nos orçamentos dos estados, além da participação do setor privado.

Defesa do carvão mineral

O ato conjunto dos três estados do Sul em defesa do carvão mineral, parte da programação do Fórum, reuniu lideranças políticas e representantes do setor carbonífero. Na condição de presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o deputado Valmir Comin (PP) afirmou que o propósito do ato é reativar o desenvolvimento do setor. Uma das metas é assegurar a participação das empresas carboníferas nos leilões de energia A-5 que o Governo Federal promoverá até o final do ano. “O carvão é o pré-sal do Sul. Esta fonte de energia precisa ter a sua importância reconhecida pelo Governo para ganhar legitimidade. Temos investidores, solucionamos as questões ambientais, mas o carvão precisa ser incluído nos leilões da Eletrobras e passar a integrar o sistema”, defendeu o deputado.

Os membros da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, o presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão de Santa Catarina, ex-deputado estadual Ruy Hülse, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da extração de Carvão, César Weinschenck de Faria, e o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, Fernando Luiz Zancan salientaram, em seus pronunciamentos, a viabilidade econômica do carvão do Sul do país e a possibilidade de uma alternativa para a energia elétrica.

Pioneira na produção do mineral, com a descoberta em 1827 de uma jazida no município de Lauro Müller, Santa Catarina possui a segunda maior reserva do país (de 32 bilhões de toneladas) com 10,41%, colocando-se entre o Rio Grande do Sul (89,25%) e Paraná (0,32%). A qualidade do carvão catarinense, do tipo betuminoso alto volátil A, é considerada a melhor, avalizando o uso do carvão catarinense principalmente na produção de termoeletricidade e indústrias cimenteira, de papel celulose, cerâmica, de alimentos e de secagem de grãos.”

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