EDUCAÇÃO. Secretário Roth confirma ampliação de parceria com palotinos, que vão assumir mais duas escolas municipais
Nos últimos dias, surgiram nas redes sociais (Facebook, especialmente), manifestações de professores e outras pessoas da comunidade, a propósito da relação da Prefeitura Municipal com a Sociedade Vicente Pallotti, na área de educação.
O tema, provocado por ouvintes e leitores, foi levado ao programa “Sala de Debates”, que este editor ancora, de segunda a sexta-feira ao meio dia, na rádio Antena 1 (www.antena1sm.com.br). Houve, sobretudo, queixa sobre a falta de informações mais precisas a respeito do que estaria acontecendo.
Por conta disso, o sítio recebeu correspondência pra lá de elucidativa, enviada pelo secretário municipal de Educação, João Luiz Roth. Com a autorização dele, afora um resumo relatado no próprio programa, nesta quarta-feira, segue-se a íntegra do texto. Acompanhe:
“Prezado Claudemir
Infelizmente ontem (terça-feira) não pude ouvir o “Sala de Debates”. Imperdoável. Justamente ontem que o tema Educação esteve acalorado! Mas faz parte de minha índole responder perguntas, mesmo as perguntas que partem daquelas pessoas que já sabem a resposta.
Informaram-me que a questão levantada dizia respeito ao novo convênio que a Secretaria de Educação está para realizar com a Sociedade Vicente Pallotti. É verdade, estamos ampliando a parceria já existente.
Atualmente, em duas situações, já desenvolvemos ações em parceria, aprovadas pelas comunidades. A primeira está situada no Centro de Convivência, localizado na Rua Radialista Oswaldo Nobre n. 910, onde mais de 100 alunos do Município são atendidos, com aulas de disciplinas como música e artes plásticas no contra-turno, recebendo um cuidado e uma atenção à altura da rede municipal.
A segunda colaboração com a Sociedade Vicente Pallotti, desenvolvida ao longo de 2011, na Escola Municipal Sergio Lopes, da Vila Renascença, tem apresentado desempenho tão positivo, com uma diminuição na taxa de evasão, aumento no nível de aproveitamento dos alunos e de envolvimento das famílias, que tem nos motivado a ampliar o convênio. No momento, a escola está atuando em turno integral, mantendo o ensino de alta qualidade para as 130 crianças da comunidade, onde os mínimos detalhes não passam despercebidos, desde o reforço pedagógico até a alimentação de qualidade, passando pelo acompanhamento psicológico, além do acesso à informática, ao esporte e às artes.
A colaboração entre a Secretaria de Educação e a Sociedade Vicente Pallotti tem por objetivo central ampliar a oferta de vagas na rede municipal de Santa Maria, que se manterá pública, gratuita e de qualidade. Não se está privatizando o sistema municipal, porque afinal não há qualquer tipo de ônus para o Município ou para os alunos e suas famílias. Muito pelo contrário. O convênio prevê que, às expensas da própria Pallotti, seja feita uma série de benfeitorias que passam a fazer parte do patrimônio do Município. Nossos alunos estão se beneficiando do caráter filantrópico da instituição Pallottina que legalmente prevê um retorno para a comunidade santa-mariense.
Quanto a entregar a escola à Sociedade Vicente Pallotti, também não é verdade. O que estamos fazendo é uma parceria, pois a Direção e a supervisão Pedagógica dessas escolas continuam sendo de responsabilidade do Município. Estamos juntando forças com uma entidade filantrópica que possui uma experiência pedagógica centenária para atender em turno integral crianças em situação de vulnerabilidade social.
Quanto a esse convênio prever o atendimento de mais duas escolas, é verdade. A partir de 2012, a Escola Chácara das Flores e a Escola Renato Nocchi Zimmermann, em Camobi, farão parte do convênio. Posso garantir que tal decisão foi profundamente analisada pelo setores pedagógico e legal da Secretaria Municipal de Educação, cuja política atual visa ao fortalecimento da convivência familiar e comunitária, à permanência das crianças e adolescentes na escola em turno integral, ao envolvimento da família na vida escolar dos alunos e a um processo educativo sólido, voltado para a construção da participação cidadã.
Quanto à resistência dos professores a serem remanejados para outras escolas, entendemos o seu apego e respeitamos a sua posição refratária a esse tipo de mudança. No entanto, uma vez que não haverá qualquer tipo de prejuízo funcional ou financeiro a estes professores, acreditamos que a Rede Municipal de Educação e a oportunidade apresentada para essas crianças se sobressaem a questões de ordem particular.
A escola pública continuará pública. Qualquer cidadão que tiver dúvidas sobre o bem social produzido por este convênio deve se sentir convidado a visitar o Centro de Convivência e a Escola Municipal Sergio Lopes para formar uma opinião baseada em fatos.
Um abraço
João Luiz Roth, Secretário de Educação do Município de Santa Maria”
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Impressionante! Olha to pra ver como tem gente negativa, tem professor ai comentando que a única coisa que sabe fazer é criticar e achar defeito, como dizia o meu finado vô, os engenheiros de obras prontas, não fazem nada, representam mal, mas quando acham algo pronto saem criticando, fuçando pra achar um erro, mas que coisa horrível, eu acho que isso é uma doença!
A única razão disso tudo é promover mais educação aos nossos filhos!
@COPETTI Tu tens razão, estão atrasando muito para colocar as informações necessárias no sítio da transparência da prefeitura.
“O que estamos fazendo é uma parceria, pois a Direção e a supervisão Pedagógica dessas escolas continuam sendo de responsabilidade do Município.”
Isso não condiz com a realidade I: Os Pallottinos trabalham e contratam os professores a partir das suas concepções, dentro da filosofia que defendem. As professoras municipais que ficam na escola, no caso diretora e vice, ajudam a Sociedade Pallotti no tempo de seus mandatos, mas são subordinados à ela. Nem a secretaria fiscaliza, pois é responsabilidade da Coordenadoria de Educação.
“O convênio prevê que, às expensas da própria Pallotti, seja feita uma série de benfeitorias que passam a fazer parte do patrimônio do Município. ”
Isso não condiz com a realidade II: Na Escola Sérgio Lopes, um benfeitoria será de containers. Por quê? Para poderem ser retirados quando a parceria com o municipio acabe? E o muro construído na Sergio Lopes, quem construiu?
http://189.30.19.180/smed/noticias/1653-prefeito-autoriza-obras-de-melhorias-para-seis-escolas-do-municipio-nesta-quinta
“A escola pública continuará pública.”
Isso não condiz com a realidade III: O valor do FUNDEB recebido pelo município não irá diminuir? Pois essas escolas DEIXAM de ser municipais, viram confessionais!!!!
Gostaria imensamente de saber quanto $$$$$$, então não foi ATOA que o palotinos doaram aquela area verde para o parque que ate agora NADA. OBS para o Ministerio publico: O portal da transparencia da Prefa anda muito devagar.
Esta nunca vai passar no Tribunal de contas.
Mais uma prova da incompetência da administração municipal em certas áreas. Que coisa…
Parabens, pois era isso o que a comunidade de CAMOBI clamava pelo convenio, temos que pensar no melhor das crianças e não do professor,pois para os professores abre a possibilidade de exercer seus conhecimentos em outras escolas do município.
Outra preocupação é o fato de não estar claro ainda se os alunos atendidos nessas escolas contarão para o recebimento das verbas do FUNDEB. Os recursos oriundos desse fundo são calculados de acordo com o número de alunos de cada rede de ensino. Se a preocupação é economizar para os cofres públicos aumentando a relação número de alunos atendidos por professor, é uma incorência, pois, ganha-se de um lado e perde-se do outro.
Acredito que qualquer professor da rede municipal acolha a ideia de colaboração dos palotinos ou de qualquer outra instituição no sentido de dar suporte às ações que as escolas desenvolvam para dar atendimento de qualidade a seus alunos.Os palotinos são bem vindos nas escolas. Não concordamos é com o fato de para isso nossos professores tenham que deixar as escolas. O problema não é o apego referido pelo secretário e sim o fato de ser retirado da escola soar como se não tivessem sido capazes de atender com competência e portanto ser necessário que outros venham fazer seu trabalho. Se realmente a escola vai continuar pública não há porque seus professores sairem.