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Nepotismo. Condenada do ponto de vista moral, a prática resiste. E tem adesão de governadores

Lembra o bafafá que foi, ano passado, em Santa Maria, a discussão em torno do projeto anti-nepotismo, do vereador Tubias Calil? Pois é. Aqui, depois de muito trololó, a prática foi abolida (a partir da próxima Legislatura, claro) no âmbito da Câmara de Vereadores.

 

No que toca ao Executivo, o prefeito Valdeci Oliveira falou em apresentar proposta semelhante ao longo de 2007 – do qual, aliás, já se passaram dois meses, mas ainda há 10 pela frente. O jeito é esperar, pra ver como será (se for) essa idéia, no que toca à administração municipal.

 

Em todo caso, trata-se de prática condenável, do ponto de vista moral. Mesmo que se admita existirem situações em que o contribuinte perde, nunca é demais exigir concurso, para mostrar que a esposa, o marido, o irmão, etc, etc, merecem estar em função pública.

 

Agora, convenhamos, as decisões contrárias ao nepotismo como prática administrativa são pontuais. E muito determinadas em lugares específicos. E que não têm exatamente refluído no País como um todo. A prova, como mostra a Agência Folha em reportagem publicada pela Folha Online, o braço de internet do jornal Folha de São Paulo, é o que está fazendo um grupo de governadores de Estado que assumiram o cargo agora, em 1º de janeiro. Dê uma olhada:

 

“Oito governadores nomeiam parentes para cargos de confiança

Pelo menos oito governadores nomearam parentes para cargos em suas administrações. A contratação de familiares pelo Executivo não é ilegal, mas enfrenta resistência de opositores e do Ministério Público.

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), ainda não nomeou todo o secretariado do segundo mandato, mas a recondução de ao menos oito parentes em postos no Estado é considerada fato consumado.

Os irmãos Maurício Requião e Eduardo Requião devem continuar na Secretaria da Educação e na Superintendência dos portos de Paranaguá e Antonina, respectivamente. A mulher, Maristela de Mello e Silva, é assessora especial por presidir o Museu Oscar Niemeyer.

Requião tem a irmã, um primo, uma cunhada e dois sobrinhos empregados no Estado. O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) disse que reapresentará projeto de reforma constitucional para proibir o nepotismo. Requião diz que pauta as nomeações “em critérios de competência e confiança”.

Em Minas, a irmã do governador Aécio Neves (PSDB), Andréa Neves, além de presidir o Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social), preside o grupo técnico de Comunicação Social, vinculado à Secretaria de Governo. Segundo a assessoria do governo, ela não é remunerada em nenhum dos cargos.

No Ceará, o governador Cid Gomes (PSB) tem seu irmão, o deputado estadual Ivo Gomes (PSB), como chefe-de-gabinete. A nomeação foi questionada pelo Ministério Público Estadual, que, em janeiro, estabeleceu prazo de 60 dias para Cid exonerá-lo. Para o governador, a nomeação não é nepotismo, pois…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra, clique aqui.

 

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