ELEIÇÕES 2012. PT começa por Camobi caminhada para evitar vexame igual ao de 1992
Ninguém assume isso. Nem reservada, quanto mais publicamente. Mas há o temor latente no PT santa-mariense de uma repetição do vexame eleitoral experimentado em 1992. Na época, o franco favorito, candidato a reeleição, José Haidar Farret, do PDS, se deu ao luxo de formar chapa “pura”, com um vice também pedessista, o atual vereador Sérgio Cechin, e deu de relho em todos os adversários. A soma de votos dos oponentes beirou os 48 mil votos, contra 64 mil de Farret.
Olha só a curiosidade: os principais protagonistas de hoje, no governo (PMDB) e na oposição (PT) concorreram juntos, na dobradinha formada pelo então petista Marcos Rolim e a peemedebista Irma Agostini. Obtiveram 29,6 mil votos. E o terceiro lugar coube ao pedetista José Antônio Fernandes, em coligação com o PTB. Que viria a eleger Osvaldo Nascimento quatro anos depois, em aliança com o então PFL, e vencendo a dupla Renan Kurtz (PDT)/Paulo Pimenta(PT) – mas num resultado bem mais ajustado.
O fato é que 1992 representou um fiasco petista, que melhoraria seu desempenho na eleição seguinte e acabaria por eleger (e reeleger) Valdeci Oliveira, no início desse milênio.
Mas… Mas… Mas o realidade é que, agora, embora tenha três nomes com densidade eleitoral, o partido do Cara, em Santa Maria, parte para um vôo cego. Terá que, em 13 encontros regionais marcados para acontecer até meados de março, encontrar uma alternativa ao trio. O primeiro desses trololós é nesta segunda-feira, em Camobi – e para o qual se espera a presença de dezenas de militantes aflitos (ou esperançosos?) com as circunstâncias do momento.
Quem será o candidato do PT? E fará algum tipo de aliança? Com quem? São temas que atormentam a militância petista. E os mais velhos (nem são tão poucos assim) temem a repetição de 1992. Com um agravante: se, naquela época, havia a perspectiva futura de novas lideranças em gestação, especialmente Paulo Pimenta e Valdeci Oliveira, são raros os que acreditam nisso, hoje. Especialmente porque a dupla, mais Fabiano Pereira, que surgiria mais tarde, têm outras expectativas político-eleitorais. Logo, a repetição do que ocorreu há duas décadas, ao contrário de então, pode significar, mais que fiasco, uma tragédia.
Bueno, é o que ninguém sussura sequer. Mas que grita, com certeza, na mente de muita gente boa do assustado petismo da boca do monte.
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por que fiasco >>>? o PT obteve uns 18 mil votos para prefeito na eleição anterior a essa aumentou em muito a votação.