ESTIAGEM. Decreto de Emergência Coletivo será assinado na segunda-feira
POR MAIQUEL ROSAURO
O governador em exercício, Beto Grill, estará segunda-feira (09) no município de Boa Vista das Missões, distante 20 km de Palmeira das Missões, onde assinará o Decreto de Emergência Coletivo sugerido pela Casa Civil da União. A medida poderá apressar a liberação de verbas federais para o atendimento aos municípios que sofrem com a seca no Estado. O ato ocorrerá no Clube Atlético Boa Vista.
Na ocasião, serão anunciadas medidas emergenciais para minimizar os prejuízos com as lavouras, já que o maior problema, até agora, diz respeito às plantações, especialmente à cultura de milho. No primeiro momento, o Decreto de Emergência Coletivo irá incluir os municípios que declararam Estado de Emergência ou encaminharam notificações preliminares de desastre. Posteriormente, poderão ser incluídos outras cidades.
Em tempo: Até o momento, na região Central, decretaram estado de emergência por causa da seca os municípios de Dona Francisca, Júlio de Castilhos, Paraíso do Sul, Agudo, Faxinal do Soturno, Jari, Nova Palma, Pinhal Grande, Quevedos e Toropi.
Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Conforme o jornalista Vitor Vieira, o governo estadual do PT acabou com a secretaria da Irrigação e paralisou obras das novas barragens
Não existe uma só personalidade gaúcha ligada à produção agropecuária que ignore que a economia primária gaúcha só terá salvação quando conseguir acumular água para enfrentar as estiagens do verão. Isto significa abundância de barragens, açudes e cisternas, além de canais de distribuição e aspersão nas lavouras (irrigação). Um programa deste tipo é calculado em bilhões e não em milhões de reais. Governo algum pensou em usar bilhões em obras públicas do gênero no RS. Governos e empreendedores privados raramente fizeram o dever de casa. O governo Yeda Crusius foi o único que criou uma secretaria estadual da Irrigação, chamou para ela o técnico mais completo da área, Rogério Porto, e implementou um ambicioso programa para irrigação. Faltou tempo para ir adiante. O governador Tarso Genro acabou com a secretaria, parou as obras da barragem de Taquarembó (120 milhões de m3 em Dom Pedrito com Lavras) com 60% das obras prontas e reduziu o ritmo de Jaguari (Lavras com São Gabriel) de igual porte. O RS tem apenas seis barragens construídas pelos governos ao longo de 250 anos, três das quais no governo Simon.