PREÇOS. Inflação santa-mariense em 2011 foi de 7,59%. Em 2010, fora 6,48%. Dúvida: índice seguirá sendo pesquisado?
Antes de mais nada, o porquê da pergunta aposta ao título. O Índice do Custo de Vida de Santa Maria, um grande trabalho (porque permite verificar a evolução da própria economia da boca do monte e de seus habitantes, ao longo dos anos) que completou seis anos no mês passado, estaria sob risco. Não há qualquer indicação a respeito no sítio do Centro Universitário Franciscano-Unifra, mas a preocupação existe a partir do afastamento do coordenador geral do ICVSM, José Maria Pereira.
Pereira, que idealizou e viabilizou o trabalho, e que agora está fora, enviou correspondência aos jornalistas habituados a divulgar o Índice e sugere (pelo menos na cabeça desse editor), no mínimo, alguma dificuldade para o seguimento.
Em contato com o sítio, que o questionou a respeito, respondeu exatamente isso: “A minha saída significa apenas “a minha saída do ICVSM”, se é que me entende. Embora eu tenha sido o autor e executor da idéia por tantos anos, o ICVSM é (ou deveria ser) um projeto institucional. Doravante, caberá à UNIFRA mantê-lo e atualizá-lo. A sua interrupção significaria para mim anos de trabalho jogados fora e, se não exagero na sua importância, uma grande perda para a cidade de Santa Maria.”
José Maria Pereira tem razão. Espera-se, apenas, que a saída dele seja “apenas a saída dele”, meeesmo. Mais abaixo, reproduzo a carta enviada pelo professor e você pode tirar a própria conclusão. Quanto ao índice, propriamente dito, constatou uma elevação de preços, ao longo do ano passado, em Santa Maria, de 7,59%. Isso é mais de 1% além do verificado no ano anterior, 6,48%.
A propósito, tanto em 2010 quanto em 2011, a inflação santa-mariense foi superior à nacional. E, em dezembro? Acompanhe o texto que abre o Boletim do ICVSM e, depois, confira o link com a íntegra e todos os detalhes:
“Os preços dos produtos e serviços que compõem o Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM) elevaram-se, em média, +0,39% no mês de dezembro de 2011
Apesar de ser uma taxa bastante baixa, principalmente se for comparada com a de igual mês de 2010 (+0,87%), representa um ponto de inflexão da tendência de queda do custo de vida na cidade que vinha sendo observada desde o mês de setembro.
Esse fato, somado a “safra” de aumentos de impostos (por exemplo, o IPTU subirá 6,96%) e os efeitos encadeados sobre os outros preços do aumento do salário-mínimo de 14,26%, sugerem patamares mais elevados de inflação a partir de janeiro de 2012. A variação acumulada do custo de vida em Santa Maria no ano passado alcançou +7,59%…”
CLIQUE AQUI, PARA CONFERIR A ÍNTEGRA DO BOLETIM DO ICVSM
AGORA, LEIA A CORRESPONDÊNCIA DE JOSÉ MARIA PEREIRA, NA ÍNTEGRA:
“Prezados (a) jornalistas:
Como acontece mensalmente, estou enviando para alguns órgãos de imprensa, em anexo, arquivo com o boletim do índice do custo de vida em Santa Maria (ICVSM), nº 68, janeiro/2012, com tabelas, gráficos e análise da inflação no último mês de 2011 e também do ano de 2011 (págs. 3 e 4). Para os demais órgãos de imprensa e público em geral, está sendo disponibilizado, a partir de hoje, no portal da Unifra, na internet. A edição impressa será enviada, por mala direta, na próxima semana.
Com este número, estou encerrando a minha participação à frente da equipe do ICVSM. Foram seis anos na coordenação geral desde que o índice começou a ser calculado para Santa Maria (dezembro de 2005), além dos dois anos anteriores gastos com a pesquisa de orçamentos familiares, consolidação dos dados e desenvolvimento do software utilizado para cálculo. Durante todo esse tempo, mantive o compromisso de divulgar o boletim na primeira semana do mês seguinte ao encerramento do mês de referência, quase sempre à frente do índice do governo.
Agradeço a todos os órgãos de imprensa de Santa Maria, indistintamente, a grande acolhida que o índice sempre teve da parte de todos, compreendendo a sua importância para a nossa cidade. Aliás, que seja do meu conhecimento, Santa Maria é a única cidade do interior do RS que possui um índice de inflação próprio. Criar o ICVSM não foi fácil, mas mantê-lo é que é o mais difícil. Antes de tudo, é um trabalho de dedicação e de equipe. Sua continuação e, sobretudo, atualização é a grande tarefa desafiadora para o futuro.
Atenciosamente,
Prof. José Maria Pereira (Coordenador Geral do ICVSM)”
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