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Economia. Inflação em SM deve fechar o ano em 2%. Em outubro, aumento médio de 0,25%

O Núcleo Econômico de Pesquisa e Extensão, do curso de Economia do Centro Universitário Franciscano (Unifra) divulgou nesta sexta-feira o índice de inflação em Santa Maria no mês de outubro. Os preços médios se elevaram em 0,25%, o que indica estabilidade, conforme o boletim divulgado pelo NEPE. Mais que isso: a manter-se o status atual, que indica uma variação de 1,75% entre janeiro e outubro, é provável que o índice anual, a ser apurado no final de dezembro, seja 2% – ou muito próximo disso.

Dentre os grupos de bens e serviços pesquisados, constatou-se, no mês passado, que o de “transporte” foi o que apresentou maior variação para cima. E isso tem uma explicação óbvia: o aumento da tarifa urbana. Percebe-se, de outro lado, que a estabilidade dos preços pode ser imputada ao grupo “habitação”, que tem maior peso no índice e que apresentou redução de 0,85% em outubro.

Se você quiser saber todos os detalhes da pesquisa, que grupos e subgrupos tiveram aumento e/ou redução, sugiro a leitura do boletim do NEPE, disponível na internet e que reproduzo parcialmente, a seguir:

“EVOLUÇÃO DO CUSTO DE VIDA EM SANTA MARIA EM OUTUBRO DE 2006

Refletindo a estabilidade dos preços no varejo, o cálculo do índice de preços ao consumidor em Santa Maria, para o mês de outubro, apontou alta nos preços médios de apenas 0,25%, em relação ao mês anterior. Isso significa que os preços que compõem a cesta de produtos do consumidor que ganha até oito salários-mínimos mantiveram-se praticamente estáveis no último mês. Como a variação acumulada nos dez meses do ano foi de 1,75%, a se manter o atual cenário, é possível estimar que a inflação anual na cidade se situe ao redor de 2%.

Distribuindo-se a variação do ICVSM pelos nove grupos que o compõem (tabela 1), observa-se que o grupo transporte, com uma variação de +2,71%, foi o que mais contribuiu para o resultado positivo do índice em outubro. A causa principal foi a elevação de 12,5% no preço das passagens dos ônibus urbanos (de R$ 1,60 para R$ 1,80) – com elevado peso na composição desse grupo (um terço) – e, em menor grau, das lotações (aumento da passagem de R$ 2,00 para R$ 2,25).

O preço da gasolina se manteve praticamente estável (+0,7%) e a lavagem de carros, em média, subiu 10%. Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços nesse grupo foram: bicicletas (-15,8%), passagens de avião (-9,4%) e álcool (-2,1%). A explicação para a queda dos preços das passagens aéreas em outubro deve-se ao retorno das operações da Varig, no trecho Porto Alegre – São Paulo, que é levado em consideração na pesquisa.

Pela ordem, o segundo grupo que mais contribuiu para a variação ligeiramente positiva do ICVSM, em outubro, foi o de artigos de residência, com alta de +1,64%. Ao longo de todo ano, no entanto, a variação desse grupo é negativa (-3,93%). O maior aumento foi no preço médio da geladeira (+22,6), o que reflete, de um lado, o fim dos descontos ocorridos durante o inverno e, de outro, o aumento da demanda provocado pela proximidade do verão. As maiores baixas de preços foram registradas no setor de informática, sobretudo de impressoras (-24.4%) e microcomputadores (-14,2%). A diminuição do preço desses produtos é reflexo da valorização da taxa de câmbio, que favorece a compra de componentes importados, utilizados na sua fabricação.

Os preços dos componentes do grupo Saúde e cuidados pessoais foram reajustados, em média, +0,23% em outubro, comparativamente a setembro. Subiram os preços dos remédios para cardíacos, como vasodilatadores, que aumentaram +12,8%, assim como os remédios redutores de colesterol, que sofreram um reajuste médio nos seus preços de +10,7%, e artigos de maquiagem (+10,8%). Exercendo pressões de baixa nos preços médios nesse grupo, podemos destacar: produtos de limpeza de pele (-16,8%), aparelhos de barbear descartáveis (-14,3%), vermífugos (-11,7%), absorventes (-11,1%) e broncodilatadores (-10,4%).

Os produtos do grupo despesas pessoais tiveram reajustes médios de preços da ordem de 0,29% em outubro. O acompanhamento dos preços dos serviços de institutos de beleza (pintura, cortes de cabelo, etc) registrou um aumento médio de +12%, em comparação com o mês de setembro. Em contrapartida, os serviços que tiveram quedas nos preços foram aluguel de fita de videocassete (-7,7%, em média) e de DVDs e CDs (-4,3%, em média).

Os artigos do grupo vestuário também sofreram majoração de +0,19% em outubro, em comparação com os preços vigentes no mês anterior. Os produtos de verão (tais como: bermudas, shorts, calções e camisetas) tiveram aumentos médios de 10% a 13%, enquanto conjuntos esportivos e agasalhos masculinos estavam cerca de 20% mais caros no mês passado. O grupo educação manteve, em outubro, preços estáveis, comparado com setembro. Geralmente, os preços desse grupo costumam aumentar principalmente no início do ano, quando as mensalidades escolares, em seus diversos níveis, são reajustadas para o ano inteiro. Um ponto a destacar foi a diminuição da mensalidade média das creches da cidade (-4,2%) no mês da pesquisa.

Os demais grupos atuaram pressionando para baixo o índice do custo de vida na cidade em outubro. O grupo comunicação registrou, em média, diminuição de -0,85% nos preços do mês, acumulando uma queda, nos dez meses do ano, de -5,13%. O maior aumento foi registrado no custo dos serviços de conexão à internet (+19,3%) e a maior redução nos itens desse grupo verificou-se nos preços médios dos telefones celulares (-18,6%). O grupo habitação, que possui maior peso na estrutura do ICVSM, apresentou queda média de -0,85% nos preços dos itens que o integram.

Alguns materiais de construção, como telhas de diversos tipos (+23,5%) e tijolos (+12,2%) sofreram as maiores altas dos preços no mês. Por outro lado, outros materiais de…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do Núcleo Econômico de Pesquisa e Extensão (NEPE), do curso de Economia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) na internet,, no endereço http://www.unifra.br/ICVSM/boletimCV6.pdf.

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