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Hipocrisia. Mídia grandona (e a que se acha) se faz de santinha, mas adora grampinho ilegal

É uma grande hipocrisia. Quando você usa uma câmera escondida, está fazendo o quê? Mal (ou nem tanto) comparando, trata-se de invasão de privacidade. Para obter uma confissão de crime ou algo menor, mas também reprovável? É a explicação. Aí, claro, pode. Afinal, é “a nosso favor”. Façam-me o favor!!!

 

Aliás, a propósito dessa história e do uso primário dela, querendo comparar épocas distintas, confundindo alhos com bugalhos e se utilizando da expressão “estado policial” (saiba o que penso sobre o assunto, clicando aqui), vale a pena ler o comentário de Alberto Dines, diretor do Observatório da Imprensa. O tema não é exatamente o mesmo, mas tem tudo a ver, inclusive porque trata de caso concreto. Acompanhe:

 

“Ecos da Gramposfera – Mídia beneficiária do ‘estado policialesco’

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi obrigada a fazer serão no último fim de semana. No sábado (6/7) desmentiu em nota oficial a matéria de capa de IstoÉ que apontava um ex-servidor do SNI como o araponga que teria grampeado os telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Francisco Ambrósio do Nascimento, ex-funcionário da Aeronáutica, está hoje aposentado e segundo a mesma nota não participou de qualquer atividade da Abin.

Tanto a matéria da IstoÉ como o desmentido são muito bem-vindos. Nos últimos anos, a imprensa brasileira acostumou-se a divulgar o teor dos grampos com a maior naturalidade, sem fazer qualquer esforço para identificar o araponga ou vazador – geralmente os mesmos. A imoral cumplicidade fazia-se sob o pretexto de servir ao interesse público.

O grampeador comete um ilícito e o vazador, outro e, juntos, mantêm a sociedade sob o manto da hipocrisia. O país converteu-se, assim, nesta gigantesca gramposfera simplesmente porque os responsáveis pela mídia partiam do princípio de que a importância da denúncia vazada justificava os meios escusos para obtê-la…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do comentário “Ecos da Gramposfera – Mídia beneficiária do ‘estado policialesco’, de Alberto Dines, reproduzido no sítio especializado Observatório da Imprensa.

 

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