Coluna Observatório. Peemedebismo da boca do monte corre rápido atrás do prejuízo
Cezar Schirmer e o
PMDB querem ser,
de novo, protagonistas
As lideranças do PMDB de Santa Maria, a começar pela maior de todas, Cezar Schirmer, aparentemente se deu conta de que os confrontos internos eram (ou são) o caminho mais rápido para a derrocada. Erros óbvios de condução, percebidos por quem está fora, já são admitidos, ainda que intramuros – e nem poderia ser diferente; afinal, expor publicamente pode ser uma arma para o adversário.
O resultado é que, ao menos, alguns movimentos são perceptíveis, no sentido de o PMDB deixar de ser coadjuvante, inclusive na mídia, e retomar a condição de protagonista. E este é, naturalmente, a situação a que o partido esteve acostumado, nos últimos 20 anos pelo menos.
Que atos, perguntará o leitor, permitem essa análise? Um deles é externo, e se trata da tentativa, com excelentes chances de ser concretizada, como você já leu aqui, de cooptar o (quase) ex-pedetista Isaias Romero. Há dúvidas se a chegada do presidente da Câmara acrescenta votos (exceto, claro, no Legislativo), mas é ao menos uma ação concreta.
E o outro é interno, com a busca da reaglutinação de grupos e militantes que se encontravam afastados do processo de discussão. E aí há o dedo, e o corpo inteiro, de Schirmer. Que, provavelmente, deu-se conta de que, como estava, e ele tem a maior parte (senão inteira) rsponsabilidade, a bancarrota política se tornava uma questão de tempo.
Quem gosta de discutir política, e é o caso desta coluna, o retorno do PMDB ao mundo do protagonismo é uma boa notícia. Mas o prejuízo dos últimos dois, três anos, é elevado. Não falta trabalho aos que se esforçam para mudar a situação.
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