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Maio de 68. Sedufsm promove debate sobre os 40 anos do movimento que influenciou o planeta

Dois palestrantes especialmente convidados estarão em Santa Maria nesta sexta-feira, a convite da Seção Sindical dos Docentes da UFSM. No campus da universidade, eles participam da tradicional promoção “Cultura na Sedufsm” que, nesta edição, vai tratar do movimento de maio de 1968, a rebelião estudantil que ocorreu na França mas que teve desdobramentos mundiais, no Brasil inclusive.

 

Mais informações você obtém, a seguir, no material distribuído aos veículos de comunicação, pela assessoria de imprensa da entidade. Confira:

“SEDUFSM debate os 40 anos do maio de 1968

A Seção Sindical dos Docentes da UFSM realiza nesta sexta, 16, uma edição do Cultura na SEDUFSM no campus da UFSM, através da qual propõe uma reflexão sobre os 40 anos do maio de 1968, episódio iniciado como uma rebelião estudantil na França e que teve influência no mundo inteiro, inclusive no Brasil, que vivia sob regime ditatorial militar. O evento, que inicia às 9h, no Anfiteatro Gulerpe, terá a presença dos professores João Quartim de Moraes, ligado à área de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e do professor Antonio Carlos Mazzeo, da área de Sociologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campi de Marilia. A coordenação dos trabalhos ficará a cargo do professor Diorge Konrad, do curso de História da UFSM, que também preside o sindicato docente.

O ‘maio de 68’ começou como uma série de greves estudantis que irromperam em algumas universidades e escolas de ensino secundário em Paris, após confrontos com a administração e a polícia. À tentativa do governo de De Gaulle de esmagar essas greves com mais ações policiais no Quartier Latin levou a uma escalada do conflito que culminou numa greve geral de estudantes e em greves com ocupações de fábricas em toda a França, às quais aderiram dez milhões de trabalhadores, aproximadamente dois terços dos trabalhadores franceses. Os protestos chegaram ao ponto de levar de Gaulle a criar um quartel general de operações militares para lidar com a insurreição, dissolver a Assembléia Nacional e marcar eleições parlamentares para 23 de Junho de 1968.

O governo estava próximo ao colapso naquele momento (De Gaulle chegou a se refugiar temporariamente numa base da força aérea na Alemanha), mas a situação revolucionária evaporou quase tão rapidamente quanto havia surgido. Os trabalhadores voltaram ao trabalho, seguindo a direção da Confédération Générale du Travail, a federação sindical de esquerda, e do Partido Comunista Francês (PCF). Quando as eleições foram finalmente realizadas em Junho, o partido Gaullista emergiu ainda mais poderoso do que antes. A maioria dos insurretos eram adeptos de idéias esquerdistas, comunistas ou anarquistas. Muitos viram os eventos como uma oportunidade para sacudir os valores da “velha sociedade”, dentre os quais suas idéias sobre educação, sexualidade e prazer. Uma pequena minoria dos insurretos professava idéias de direita.

Os palestrantes

João Carlos Kfouri Quartim de Moraes é graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de São Paulo (1964) e também em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1964), licenciado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1964). É doutor (Doctorat d’État en Science Politique) pela Fondation Nationale de Science Politique da Academia de Paris (1982). Atualmente é professor titular da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência nas áreas de Filosofia e Teoria Política, com ênfase em história da filosofia antiga, história das idéias políticas, materialismo e marxismo, atuando principalmente nos seguintes temas: epicurismo, soberania, teoria do Estado, revoluções brasileiras e imperialismo. O professor publicou/organizou mais de dez livros em sua carreira, além de inúmeros artigos, textos e participações publicadas em periódicos e livros. Em 2005, ele reeditou e lançou o livro “A esquerda militar no Brasil”. Esta obra, publicada pela primeira vez em 1991 pelo professor, ajudou a romper o silêncio que caíra sobre parte da história da esquerda brasileira e contribuiu para superação de uma série de preconceitos em relação à atuação dos militares na vida política brasileira. Quartim de Moraes esteve exilado na França no início da década de 70 e chegou a atuar como jornalista do grupo “Afriqué Asia”

Antonio Carlos Mazzeo possui graduação em Ciências Políticas e Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1974), Mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1986) e Doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo (1997). Pós-Doutorado em Filosofia Política pela Terza Università di Roma (2000) e Livre-Docência em Ciência Política pela Universidade Estadual Paulista (2004). Atualmente é professor adjunto 5 junto ao Departamento de Ciências Políticas e Econômicas da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência nas áreas de Ciência Política, Filosofia Política e Sociologia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: Teoria e Filosofia Política, Democracia, História Política do Brasil, História Política da Itália, Comunismo/Comunismos, Partidos Políticos, Estado, Socialismo e Marxismo. O trabalho mais recente lançado, pelo autor é livro “O Vôo de Minerva – A Construção da Política, do Igualitarismo e da Democracia no Ocidente Antigo”, de 2008. O professor também é autor do livro “Sinfonia Inacabada: a Política dos Comunistas no Brasil” que analisa a política dos comunistas brasileiros.”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras informações oriundas da assessoria de imprensa da Sedufsm.

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