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Carnis Valles (II) – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

Mestre-sala e porta-bandeira em evolução com a harmonia cantam samba-enredo. Ao som da bateria, sem deixar a evolução, fantasias e alegorias completam a magia do bom sujeito (já dizia o cantante quem não gosta de samba, bom sujeito não é; é ruim da cabeça ou doente do pé).

Aqui já dito, o carnaval, a semana santa e a quaresma são elementos do mesmo bloco, desfilam na mesma escola e rezam do mesmo samba. É a partir da quarta-feira de cinzas que se inicia a quarentena que antecede a páscoa.

Ocorre que em Santa Maria as alegorias deixaram a avenida apenas no ultimo final de semana. Espetáculo do samba! Magia dos tambores! Na cidade da Vila Brasil que do enredo nos faz Unidos, do Itaimbé, de Camobi. Da Zona Norte vem o Império, das Dores a Mocidade Independente, o Barão chegou de Itararé, a Imperatriz vem do samba, e a sorte do Trevo de Ouro.

Na Avenida Liberdade, letra e melodia que a Vila deslumbrante vem contar, canta e encanta a quarta colônia, enquanto voa periquito, voado centenário da cidade foi campeão, futebol é amor e saudade,100 anos de paixão assim cantou o Itaimbé.

Camobi sambou nas cinzas de Fênix e o templo do sol e em melodia deixou o recado: a cada tropeço, somos Fênix lutando, somos povo. Isso, por que no fim…tudo vai dar certo e cantou a Mocidade: é novo ano, é nova era, um novo dia. Mas como será o amanhã? É a pergunta que não quer calara hora é agora e só você pode mudar, ecoou o Império.

O paraíso do carnaval é a maçã da Imperatriz fazendo despertar o homem ao destino que selou. Festa e samba fora de época, alegria em comissão de frente pode apostar, agora vai começar o jogo do prazer e da sedução, a sorte grande pode estar em suas mãos…a vida é um jogo embalou a Trevo de Ouro. O Barão (campeão) de Itararé pediu licença à guardiã da fé nos orixás, e da mistura do samba com ijexá, fez tremular nossa bandeira, cantando a auto-estima africana, o Barão é a Bahia…

Os trechos dos sambas de Santa Maria escrevem o texto de hoje, muito mais que a alegria exposta na avenida, que fique o registro da vontade, da garra, de quem faz da vida um samba. Mesmo que o enredo se perca da melodia, é preciso pensar o carnaval como uma ação social, eis a escola…do samba.

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

[email protected]

@vitorhugoaf

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