Aprovada pelos deputados, ainda que tenham jogado para os Estados a questão da proibição de bebidas alcoólicas, a Lei Geral da Copa vai agora para o Senado – onde deve ser votada, provavelmente, logo após a Páscoa.
Aparentemente, não será obstruída pela oposição. Ainda que se possa supor eventuais mudanças, o que obrigaria ao retorno para a Câmara dos Deputados. Mas, de todo modo, a tendência não é essa, pode-se deduzir, inclusive, pela palavra de um dos mais ferrenhos oposicionistas, o tucano Alvaro Dias, do Paraná. A propósito, confira material produzido e distribuído pela Agência Senado. A seguir:
“Alvaro Dias: oposição aceita votar Lei Geral da Copa em regime de urgência
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) anunciou em Plenário, nesta quinta-feira (29), que os partidos de oposição no Senado poderão concordar em votar o projeto da Lei Geral da Copa em regime de urgência.
— Nós podemos votar sim a Lei da Copa no Senado em tempo recorde. A oposição não vai colocar obstáculos — afirmou.
Em sua avaliação, a discussão que vem sendo travada nos últimos meses sobre a proibição ou não da venda de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros é secundária e não deve ser motivo para a não votação da matéria.
Para Alvaro Dias, os problemas de superfaturamento nas obras de estádios, por exemplo, é que precisariam ser alvo de maior preocupação dos parlamentares. Nesse sentido, ele citou reportagem do jornal O Globo informando que os gastos com doze estádios que estão sendo construídos no país já estão 57,6% acima do previsto inicialmente.
O senador considerou demasiadamente caros os estádios brasileiros que estão sendo levantados com recursos públicos. Segundo ele, enquanto o estádio do Corinthians, feito com dinheiro de isenções fiscais do estado de São Paulo, está orçado em mais de R$ 800 milhões, o do Palmeiras, construído pela iniciativa privada, deverá sair por cerca de R$ 300 milhões, incluindo piscinas e outras instalações adicionais…”
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