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FALSA CRISE. DEM faz de conta que fica brabo com um vice de Serra que não seja seu

O DEM, que desculpem os amigos que fazem parte do partido, especialmente depois que José Roberto Arruda foi ao xilindró (e lá ficou por dois meses), está completamente desmoralizado. O mensalão do DF manchou de vez uma suposta pureza do Democratas. E, mais que isso, mandou às cucuias qualquer cacife que pudesse ter para bancar um vice (que seria Arruda) para o tucano José Serra, líder da chapa oposicionista.

Dito isto, o mais é apenas discurso. Só será do DEM o segundo da aliança com o PSDB, se o Serra quiser. Do contrário, ao partido do Jorge Bornhausen e Rodrigo Maia, entre outros, só restará dizer amém. Não tem alternativa. Ponto.

Dito isto, e sobre o falso (porque inócuo) amuo da sigla coligada com os tucanos (e o PPS), às voltas com a tentativa de fazer valer um suposto poderio, acompanhe o texto publicado pelo jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo. A seguir:

Serra ‘sinaliza’ vice tucano e o DEM ensaia uma crise

Oficializado como candidato sem definir o nome do vice, José Serra convive com a perspectiva de inaugurar uma crise em sua coligação. Em privado, Serra torce o nariz para a hipótese de acomodar um político do DEM em sua chapa. Revela preferência pela escolha de um tucano.

Aliado tradicional do PSDB, o DEM farejou o cheiro de queimado. E ameaça reagir caso venha mesmo a ser preterido. O único tucano que a tribo ‘demo’ aceitaria de bom grado seria Aécio Neves, que já refugou a incumbência. Qualquer outro resultará em encrenca.

É crescente a irritação dos caciques da tribo ‘demo’ com o estilo de Serra. Tacham-no de “centralizador”. Acusam-no de conduzir uma campanha “solitária”. Enquanto Serra esteve à frente nas pesquisas, as diferenças foram escamoteadas. A subida de Dilma Rousseff içou-as à superfície. “Se tivéssemos um nome alternativo, já teríamos mandato o Serra para aquele lugar”, disse ao repórter um dirigente do DEM, com a irritação à flor da pele…”

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Um Comentário

  1. O que faz o DEM ser diferente

    O episódio envolvendo dirigentes e parlamentares do Distrito Federal oferece ao país a oportunidade de acompanhar a maneira como um partido pode comportar-se diante de situações de crise.
    A oportunidade também de comparar partidos e comportamentos.
    Na desfiliação do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do vice-governador, Paulo Octávio, do deputado Leonardo Prudente e na dissolução do diretório regional, o Democratas não deu espaço para conveniências imediatistas ou de ordem pessoal. Optou pelo respeito à ética, encarada pelo partido como um valor permanente da vida política.
    Levado a cortar na carne e punir filiados de longo tempo, o DEM mostrou ao Brasil que não convive com a improbidade e não aceita a impunidade.
    Em novembro do ano passado, o governador Arruda foi exposto à opinião nacional em imagens que o mostravam na prática de ações inaceitáveis. Diante da gravidade das denúncias então veiculadas, o senador Demóstenes Torres, o deputado federal Ronaldo Caiado e eu apresentamos à Executiva do partido representação com pedido de expulsão do governador em rito sumário.
    Como é comum nas democracias, todo partido tem linhas diversas de pensamento. A Executiva acatou o pedido, decidindo pela concessão de um prazo de oito dias para a apresentação da defesa.
    Próximo ao final do prazo, confrontado com a iminência da sua expulsão, o governador José Roberto Arruda pediu desfiliação. O vice-governador, Paulo Octávio, e o deputado Leonardo Prudente desfiliaram-se após algumas semanas e o diretório regional do partido foi dissolvido.
    Em consequência da ação da Executiva partidária, os envolvidos nos episódios do Distrito Federal não poderão candidatar-se a nenhum cargo nas próximas eleições.
    Enquanto isso, impõe-se uma reflexão: onde andam os implicados no escândalo dos aloprados? Onde andam os mensaleiros? Onde andam os camufladores de dólares em roupas íntimas? Seguramente, não são do Democratas. E o povo sabe quem continua a acobertá-los.
    Dentro da Executiva, pelo diálogo, chegou-se a um entendimento unânime. Prevaleceu no partido a ideia de que ninguém teria, ao julgar colegas, o direito de agir por meio de sentimentos pessoais.
    Ao partido, como instituição, impunha-se a tarefa de dar exemplo, cumprindo sua obrigação, fazendo o que outros, em circunstâncias semelhantes, não tiveram a coragem de fazer.
    As atitudes foram guiadas pela convicção de que as instituições devem estar acima dos sentimentos que, por serem humanos, são falíveis.
    Todo processo traumático de tomada de posição costuma se transformar em referência. Ficam os exemplos -positivos ou negativos. Impôs-se a decência.
    Gostaria que o Brasil nos compreendesse. Não houve, portanto, “mensalão do Democratas”. Os ilícitos denunciados circunscreveram-se estritamente ao governo de Brasília e não envolveram filiados de outras unidades da Federação.
    O partido providenciou, no tempo adequado, o expurgo exigido pelos fatos no Distrito Federal. Detectado o problema, o corrigimos drasticamente, afastando os envolvidos com irregularidades. Em nenhum momento contestamos as evidências exibidas pelos meios de comunicação ou alardeamos a existência de conspirações.
    O futuro vai nos reservar o direito de dizer que fizemos história partidária. A expressão “mensalão” fica, assim, preservada como patrimônio de outros partidos que não souberam ou não puderam distanciar-se do território da corrupção.
    Vamos reconstruir o DEM no Distrito Federal. O senador Marco Maciel foi designado para recompor os quadros do diretório regional com homens e mulheres que se orgulhem do que o partido fez na crise de Brasília. Continuaremos nosso trabalho.
    Atravessamos uma trilha amarga, mas fizemos o que tínhamos que fazer para nos apresentar como referência de rigor na não convivência com a impunidade. Tenho certeza de que, mais à frente, irão reconhecer esse nosso esforço. Não pelo que eu digo, mas pelos fatos.

    JOSÉ AGRIPINO MAIA , 65, engenheiro civil, é senador da República pelo DEM-RN e líder de seu partido no Senado Federal. Foi governador do Rio Grande do Norte (1983-1986 e 1990-1994). (NOTA DO EDITOR: longe está este sítio de duvidar da veracidade do autor deste comentário/artigo. Com certeza, dirigentes locais do DEM o alertaram. De todo modo, é uma honra saber que estamos indo cada vez mais longe. Quanto à opinião, é do senador. E tem que ser respeitada. Concordar é com cada um)

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