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Histórias de palco, de letras, de nossas vidas – por Luiz Alberto Cassol

Nesta segunda-feira, 23 de abril, comemorarmos o Dia Mundial do Livro, instituído pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.  Também, mais uma vez, teremos a grata satisfação de viver a Feira do Livro de Santa Maria que, em 2012, ocorre de 28 de abril a 13 de maio de 2012.

Faço este preâmbulo para dizer da satisfação de ter lido a produção santa-mariense “A História no Palco”, do dramaturgo João Teixeira Porto (1924 -2009), editado pela diretora de teatro, professora e pesquisadora Aristilda Réchia, a partir de escolha da Comissão Editorial da Academia Santa-Mariense de Letras.

Na obra – que adquiri na sempre multicultural CESMA – encontramos três peças que giram em torno de dois assuntos. A Inconfidência Mineira e a Revolução Farroupilha. O 20 de setembro está nos dois últimos textos sendo que na publicação final encontramos como cenário a nossa cidade, com o “Santa Maria na Revolução Farroupilha”.

Acho vitais essas publicações que nos colocam em contato com autores, que são protagonistas de nossa história e que nos fazem conhecer e interagir melhor com a arte e a cultura de Santa Maria. Isso não é bairrismo. É apenas, cada vez mais, poder ler, aprender e refletir sobre a trajetória de minha cidade natal.

São personagens que com destacada atuação local, deixam um legado universal exatamente por escreverem histórias universais e, por serem multifacetados, em suas produções.

João Teixeira Porto foi pesquisador sobre cultura e arte em Santa Maria e teve seu talento revelado na poesia, no rádio, na TV, no cinema (atuou no longa-metragem “Os Abas-Largas”) – e no teatro, tendo sido parceiro de Edmundo Cardoso, na Escola Leopoldo Froés. Foi um intelectual na essência da palavra.

Publico aqui, um parágrafo do professor e escritor, Humberto Gabbi Zanatta, retirado da apresentação do livro “A História no Palco” e que sintetiza o que representa esta publicação, bem como, a figura do dramaturgo.

 “A edição de alguns de seus ricos e apreciados textos são importante contribuição à cultura e à história, não apenas pelo seu valor em si, mas particularmente por serem de João Teixeira Porto que – à margem do academicismo balofo de muitos -, procura estar aonde o povo, seus conhecimentos e sentimentos verdadeiros, existem e estão.”

Abaixo reproduzo mais dois parágrafos que representam a importância destas obras para a nossa história e para nos revermos e nos reverberarmos. O primeiro é da professora e escritora, Lígia Militiz da Costa, que prefacia o livro de Porto.

Na leitura dos textos deste livro, comove e fascina sentir o inconfidente e farrapo que os escreve. O ideal libertário é uma constante, e muitas são as expressões que surgem carregadas de rebeldia feroz. E o andamento rápido das ações atiça a curiosidade para a progressão da história, acirrando a revolta de quem lê contra as explorações humilhantes. Viramos todos inconfidentes e farrapos.”

O segundo é da editora do livro, Aristilda Réchia.

 “Este livro, A História no Palco, já se encontrava em vias de ser editado quando Porto surpreendeu a todos com sua partida. Ao editar esta obra, quero começar fazer jus ao seu talento.”

Mesmo de longe, no caso, hoje, em Porto Alegre sinto saudade e necessidade do que acontece no próximo sábado: o início da Feira do Livro de Santa Maria. Nada melhor que passear pela Praça Saldanha Marinho e encontrar livros como este. Valorizar quem fez pela arte de Santa Maria é sempre um momento de regozijo pleno.

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