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Conheci o hangar do ‘Zepellin’ – por Carlos Costabeber

O Brigadeiro Nivaldo Rossato, gaúcho de São Gabriel, mas santa-mariense de coração, é um velho amigo ali do Bairro Dores (onde ainda reside seu pai). Pois o Rossato chegou ao topo da carreira militar, e foi designado para comandar o Comando Geral do Ar.
Assim, no dia 13 de abril tive a oportunidade de prestigiar a sua posse na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Mas além de participar da solenidade, realizei um sonho muito antigo: conhecer o HANGAR DO ZEPPELIN, que ainda permanece intacto dentro do complexo daquela Base.

Realmente, para quem é apaixonado pela aviação como eu, a visão daquela magnífica estrutura com 274 metros de comprimento, 58 metros de altura (imagine!!!) e 58 metros de largura, é inesquecível. Lembrando que o portão norte (28 metros de largura por 26 metros de altura) servia apenas para a ventilação e de saída para a Torre de Atracação, enquanto que o gigantesco portão Sul ainda se abre em toda a altura do hangar – e é movimentado por potentes motores elétricos.

Mas o que importava naquele momento, era a história; imaginar aqueles gigantes (no Brasil operaram o “Graf Zeppelin” e o “Hindenburg”) de 213 metros de comprimento, movidos por 5 poderosos motores de 12 cilindros, atracados exatamente naquele local.

E lembrar o trabalho dos engenheiros alemães construindo uma obra daquele tamanho em um terreno de difícil acesso e pantanoso, tendo de trazer da Alemanha toda a estrutura pré-fabricada, após a decisão de criar uma linha aérea ligando a América do Sul e a Europa lá nos anos 30.

Pena que foi curto o período de utilização da complexo, que havia sido inaugurado pelo Presidente Getúlio Vargas em 26 de dezembro de 1936. Isso porque, depois de apenas 9 viagens intercontinentais, o aeródromo assistiu a última partida em meados de 1937. É que no dia 6 de maio daquele ano, aconteceu o acidente que acabou de vez com o sonho dos grandes dirigíveis. Naquela data, ocorreu o trágico incêndio do “Hindenburg” em New Jersey, Estados Unidos.

Hoje, o prédio é utilizado pela FAB, mas foi tombado pelo Patrimônio Público. Afinal, é um dos poucos hangares para dirigíveis existentes no mundo. E uma das poucas marcas que ainda restam, da passagem dos Zeppelin pelo Brasil.

Essas e tantas outras cenas se passaram pela minha cabeça naquele dia, enquanto admirava a grandeza da obra que fez parte da história da aviação mundial, na elegância e majestade dos grandes dirigíveis alemães.

Por isso, além de parabenizar o amigo Rossato por ter assumido tão importante cargo (o santa-mariense agora é o responsável “por tudo o que voa” na Força Aérea), também agradeci por ter tido a oportunidade de realizar esse grande sonho: conhecer o hangar dos Zeppelin.

Quem desejar saber mais a respeito, basta acessar o Google, onde encontrará muitas informações a respeito, além de fotos da época.

Boa semana!

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