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CONJUNTURA. PMDB/RS a caminho de tornar-se menor. Santa Maria é exceção. Se vencer!

Ele é exceção. Se vencer! (foto Arquivo)

Não é, o editor reconhece, uma novidade para o leitor do sítio. O tema já foi tratado aqui, dois ou três meses atrás. A retomada do assunto, agora, fica por conta da conjuntura pré-convenções definidoras das candidaturas a prefeito. E que mostram um PMDB absolutamente fragilizado. E, diga-se, por decisão de suas próprias lideranças.

O peemedebismo está a caminho de tornar-se menor, na política gaúcha, a partir do pleito de outubro. O partido, e deve ter, claro, suas razões internas, está abrindo mão de concorrer, como protagonista, nas maiores cidades gaúchas, politicamente falando. Há duas exceções visíveis. Uma em Rio Grande, mas com sério risco de derrota. E outra, esta sim, importante, é Santa Maria. Aqui, Cezar Schirmer, não obstante a entrada no jogo do tucano Jorge Pozzobom, ainda é considerado favorito a ganhar mais um mandato. Se confirmar-se, será o único lugar importante do Estado em que o partido poderá chamar de seu. Se não…

Bem, aí o risco é, como disse um atento observador da política local, e com quem o editor papeou no último sábado, tornar-se um novo PFL. Que, depois de virar DEM… Bem, a história é conhecida. O PMDB, agora, está abrindo mão de Caxias do Sul, onde governa. E apoiará um pedetista, cabendo ao peemedebista o nome do vice. Também está fora do pleito em Canoas e Passo Fundo. Em ambos, as chances de um sucesso são nulas. E igualmente abre mão de Pelotas, em que os dirigentes locais se dispõem a apoiar o petista Fernando Marroni. Mesmo que a ideia se reverta, a sigla está desmilinguida eleitoralmente.

O caso mais emblemático (com o perdão pelo clichê) é mesmo Porto Alegre. Palco de disputa interna que pende, por larga maioria, aos que querem ser vice de José Fortunatti, do PDT, a capital pode se transformar no exato signo da derrocada do PMDB como partido relevante no Rio Grande.

Sei, sei. Haverá quem entenda diferente. É do jogo. E isso aqui é análise e opinião, portanto sujeita-se ao contraditório. Mas, para entender um pouco mais do que ocorre, vamos conferir, por exemplo, uma avaliação do quadro eleitoral em Porto Alegre. Quem a faz é o cientista político especializado em análise política, partidos, pesquisas de opinião e comportamento eleitoral Benedito Tadeu César. Foi publicada originalmente no jornal eletrônico Sul2, do qual César é diretor. Confira:

Reflexões sobre o quadro eleitoral em Porto Alegre hoje

Começa a se definir o quadro eleitoral em Porto Alegre. Além dos nomes dos principais candidatos, já colocados desde o final de 2011, definem-se agora as coligações partidárias e os candidatos a vice-prefeito. Confirmando a tese de que as eleições municipais têm especificidades que as distinguem das eleições estaduais e nacionais, as candidaturas e coligações em Porto Alegre misturam siglas que estão alinhadas no governo do estado e do país, a ponto de fazê-las se contrapor e/ou de se agregar de modo diverso do que o fazem naqueles planos.

Porto Alegre é um município que vota à esquerda. Basta se verifiquem os resultados eleitorais e os governantes eleitos durante os dois períodos democráticos de 1945/1964 e de 1985 até a atualidade. Durante o primeiro período, foi o trabalhismo do antigo PTB que prevaleceu na cidade. De Porto Alegre ele se espalhou pela Região Metropolitana e daí por boa parte do interior do estado.  Durante os primeiros anos do segundo período, a herança trabalhista foi assumida pelo PDT e Alceu Collares foi eleito prefeito e, em 1989, Leonel Brizola o candidato a presidente da República mais votado na cidade, obtendo mais de 60% dos votos no primeiro turno eleitoral. Depois, por dezesseis anos, a hegemonia política foi exercida pelo PT, com Olívio Dutra, Tarso Genro (duas vezes), Raul Pont e João Verle (vice que assumiu como prefeito com a saída do titular) se sucedendo na Prefeitura.

Hoje, a antiga Frente Popular, que congregava PT, PCdoB e PSB e que sustentou as vitórias petistas e seus governos em Porto Alegre, se rompeu. O PT terá como candidato a prefeito o deputado estadual Adão Villaverde, compondo uma coligação com o PV e o PPL (Partido Pátria Livre). PCdoB e PSB terão como candidata a deputada federal Manuela D´Ávila, que deverá compor aliança também com o PSD e o PP. Em contrapartida, uma nova frente partidária, que se pode considerar como sendo de centro-esquerda, se consolida no município, congregando PDT e o PMDB. Articulada nas eleições municipais de 2008 e repetida na eleição estadual de 2010, ela se rearticula agora, com o anúncio, realizado na última sexta-feira (4), do apoio do PMDB à candidatura de José Fortunati…”

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8 Comentários

  1. Lendo o comentário do Boca Grande me lembrou a Yeda. Soube a pouco, por um CC dela, que haviam pessoas do palácio que quando saiam com ela passavam onde sabiam que as pessoas iam aplaudi-la, pq sabiam que ela tava mal.Se enganavam? Não enganavam a ela. Onde estão esta gente? A maioria no governo PT agora.Espero que a Helen e o Pozzobom saibam bem quem são os palacianos de agora, pq eles vão querer mudar de lado quando perderem. Isso é CERTÍSSIMO.Depois vem com a conversa que por debaixo dos panos trabalharam para eles. Essa gente pensa que Helen por ser mulher é ingenua e que Pozzobom pq é bonachão não saber enxergar longe, os apoiadores dos ultimos minutos.

  2. a proposito.. fiz uma enquete em um blog q pouco uso. so pra teste.. coloquei como candidatos, cesar schirmer, hellen, jorge e tiago.. da pra votar e ver o percentual.

  3. qro so ver entao a peleia dos BOCAS, na primeira pesquisa volto. kkk . claudemir, nao da pra colocar uma enquete aqui? simulando candidatos? e fora da lei ainda?

  4. Tenho absoluta certeza que iremos lhe chamar de louco sim! Tenho visitado muitas pessoas em diferentes pontos da cidade e percebo a excelente aceitação do Pref Schirmer e não sou funcionario dele

  5. Se a situação do PMDB, esta grave no RS, vai ficar pior com a confirmação dos candidatos, o PMDB, de Santa Maria, avaliou mal pensou que pegando todos para o seu lado a coisa iria ficar facil pelo contrario ficou pior o povo não aceita mais este tipo de coisa, esperem a primeira pesquisa e vão ver que tenho razão, a rejeição do prefeito cada vez aumenta mais, os aliados dele não dizem para não perder o emprego, eu lembro da reeleição do Dr. Osvaldo, tinha um puxa saco que hoje esta com o atual prefeito, que quando chegava dos arrastões o Dr. Osvaldo perguntava como é que estou lá 100% mas na verdade os cabos eleitorais tinha sido corridos da vila, e hoje esta acontecendo o mesmo com o prefeito Schirmer, portanto depois da eleição não vão mais me chamarem de louco.

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