VICE. No PT, quadro é tão confuso (e aberto) que até prévia já houve quem cogitasse
O editor conversou com militantes de várias correntes. E filtrou comentários feitos no sítio, por óbvios apoiadores de um ou outro grupo. Juntou tudo, apresentou para dois petistas bem situados (que, obviamente, preferiram não se identificar) e conseguiu extrair algumas informações capazes de compor um mosaico do momento – na discussão sobre quem será o vice de Helen Cabral, na disputa à prefeitura.
Sempre é bom dizer que, no PT, as coisas podem mudar a qualquer hora e não há garantia de que o que você lerá abaixo ainda está valendo. Ou valerá amanhã. Então, acompanhe e tire tua própria conclusão:
1) O candidato a vice, preferencialmente, será de um partido aliado. Mas tem que ter, também, a devida representatividade. Por enquanto, essa sigla não é conhecida, muito menos o nome. O que leva, inevitavelmente, à discussão sobre uma possibilidade interna.
2) Até 10 dias atrás, as correntes Unidade na Luta Democrática (que tem Valdeci Oliveira como nome principal) e PT Amplo (cujo líder é Paulo Pimenta) haviam se acertado. E o advogado Juliano Piccoloto era o nome escolhido e definido para secundar Helen.
3) Havia, antes de Piccoloto, debate sobre as conveniências de lançar Valdir Oliveira (presidente da sigla e integrante da ULD) para vice. Ou Cristiano Schumacher, da corrente Articulação de Esquerda. Mas não houve acordo aparente, inclusive porque Valdir não se mostrava disposto a concorrer.
4) A ULD e o PT Amplo, juntos, são majoritários no partido, em Santa Maria. Mas buscaram, e conseguiram a adesão, também, do PT de Luta e de Massa, do secretário Fabiano Pereira. Com o que, haveria maioria mais que absoluta para chancelar Piccoloto.
5) No meio do caminho, isto é, na última semana, Valdir Oliveira teria mudado de ideia. E já se mostrava disposto a encarar a candidatura. E o meio campo embolou. O PTLM de Fabiano apresentou, então, um quarto nome, o do vereador Jorge Trindade.
6) Do meio para o fim do caminho, Schumacher e a Articulação de Esquerda firmaram pé e lembraram que o líder comunitário havia desistido em favor de Helen, em dezembro e, portanto, teria preferência para ser o candidato a vice – na hipótese de uma disputa interna. E mais: lembrou até a possibilidade de realização de uma prévia com os filiados, com direito a debate público.
7) Em todo o caminho, acusações as mais variadas. Inclusive de aliciamento de pré-candidatos a vereador. Coisa do tipo: me apóia que te apóio, e assim por diante. Isso, claro, ninguém confirma. Mas que existiu, existiu.
RESUMO DA ÓPERA: não tem resumo. Mas sobra ópera. E ninguém acredita em solução rápida. Pode ficar, meeeesmo, só para a beirada da convenção, lá pelo final de junho. Duvidar disso? Não este editor, pode estar certo.
NO FIM DO CAMINHO? Bueno, quando o texto acima estava pronto, revisado e em condições de ser publicado, eis que surge uma noooova informação: o PTLM, de Fabiano Pereira, se reúne nesta quinta. E há indícios de que pode mudar de posição, retirar de vez (inclusive porque ninguém acreditou) o nome de Jorge Trindade e anunciar apoio a Valdir Oliveira. A prudência recomenda esperar. Afinal, é do sempre conflituado PT que se está escrevendo.
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Essa decisão vai definir o resultado da eleição. Quem vai do lado de Helen para somar mais partes da sociedade de sm? Todos são bons nomes e tem qualidade. Eu apostaria no Picoloto, já que pelo visto é bem aceito por todas as lideranças do PT (que assim vem para a campanha de verdade) e somaria muito na eleição, chegando em todos os públicos, e foi um bom secretário, bem trabalhador