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Então, tá! Poderes falam agora em pacote anti-corrupção. Lembra do menino João Helio?

Na noite de quarta-feira, 7 de fevereiro, o menino João Hélio Fernandes teve o corpo arrastado por sete quilômetros em Oswaldo Cruz, um subúrbio Carioca. Os envolvidos no crime roubaram o carro da mãe do garoto, que estava acompanhada de uma amiga e de uma irmã de 13 anos, do menino.

 

A  história, trágica sob todos os aspectos, está completando quatro meses. E, salvo uma manifestação aqui, outra ali, praticamente caiu no esquecimento – ainda que tenha sobrevivido a discussão em torno da redução da maioridade penal. Que, aliás, não tem chance alguma de passar pelo Congresso, mas é motivo de, aqui e ali, iradas manifestações. Como a feita na semana passada pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

 

Fala-se muito em pacote de segurança, o que, na opinião de alguns, incluiria a redução. Sem ela, deve até ser anunciado, até julho, um “PAC” da Segurança Pública, no momento em gestação no Ministério da Justiça. Não se toca, efetivamente, no problema central, a exclusão social, mas sempre é bom ter um pacotinho a vista, para ser sacado no momento oportuno. Este, invariavelmente, é o logo seguinte a um fato. No caso da Segurança, a morte brutal de João Hélio.

 

Os exemplos de “porta arrombada, tranca de ferro” poderiam ser citados à exaustão. Puxe você também pela memória, ou recorra ao Google, como eu fiz, e os encontrará. Qualquer deles servirá, porém, para que você forme opinião sobre uma suposta união entre Executivo e Legislativo, para elaborar um “pacote anti-corrupção”.

 

Esse é o pós-Operação Navalha. Aliás, ação que ainda não se esgotou. Mas provavelmente será esquecida bem antes do Natal. Ou até que sobrevenha outro escândalo. E o “estudo” de um novo “pacote” será anunciado.  Resumindo: já vimos esse filme. E eu, ao menos, não gostei.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a reportagem “Pressionados, Congresso e governo preparam pacote contra corrupção”, de Gabriel Manzano Filho e Gabriel Brandt, publicada pelo jornal O Estado de São Paulo.

 

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