ECONOMIA SOLIDÁRIA. A homenagem da Câmara ao Projeto Esperança é, também, ao próprio segmento
Foi na noite passada, em sessão especial proposta pelo vereador Werner Rempel. O parlamento da comuna lembrou os 25 anos do Projeto Esperança/Cooesperança, o grande responsável por transformar Santa Maria na “capital nacional da Economia Solidária”.
Sobre o que aconteceu no plenário do Legislativo, e o significado do evento, além de outras informações, confira material produzido pela assessoria de imprensa do Projeto Esperança. A reportagem, texto e fotos, é do jornalista Maiquel Rosauro. A seguir:
“Santa Maria é a Capital Nacional da Economia Solidária”, afirma vereador Werner Rempel
A sessão especial em homenagem aos 25 anos do Projeto Esperança/Cooesperança lotou o plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria, na noite desta terça-feira, 26 de junho. Quase todos os parlamentares estiveram presentes, além de dezenas de representantes de movimentos sociais.
A homenagem foi proposta pelo vereador Werner Rempel. Em seu discurso, ele destacou a importância do Projeto ao possibilitar a sobrevivência e sustento de pequenos empreendimentos.
– Hoje Santa Maria é a Capital Nacional da Economia Solidária graças ao Projeto Esperança/Cooesperança – afirmou o vereador.
A irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto, agradeceu a homenagem do Legislativo e fez um balanço dos 25 anos de caminhada. Segundo ela, hoje há cerca de 260 empreendimentos solidários em funcionamentos em 34 municípios. Cerca de 5,3 mil famílias são beneficias diretamente e em torno de 23 mil pessoas de forma indireta.
A criação do Projeto Esperança ocorreu em 15 de agosto de 1987 pelo então bispo de Santa Maria Dom Ivo Lorscheiter, uma equipe da Diocese, Cáritas, UFSM, Emater e outras organizações. A ideia surgiu através do estudo do livro “A pobreza, riqueza dos povos”, do autor africano Albert Tévoèdjeré. Hoje, faz parte do Banco da Esperança, da Arquidiocese de Santa Maria, integrado a Cáritas Regional.
O Projeto busca a construção do associativismo, o trabalho, a solidariedade, a cidadania e um novo modelo de cooperativismo através da Economia Solidária e da inclusão social. Conforme a irmã Lourdes, o capitalismo está saturado e é preciso colocar as pessoas em primeiro lugar.
– A Economia Solidária é um jeito inovador de realizar a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia, cooperação e solidariedade. A gestão é coletiva e os resultados são compartilhados – explica irmã Lourdes.
A sessão especial foi encerrada com o discurso do presidente da Casa, vereador Manoel Badke. Ele também reforçou a importância do Projeto.
– Hoje foi uma noite muito importante. Mostramos que com mãos dadas e unidas poderemos mudar o Mundo – declarou Badke.
8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul
A 8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul e 19ª Feira Estadual do Cooperativismo (Feicoop) serão realizadas em Santa Maria entre os dias 13 e 15 de julho, no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. Em paralelo, também ocorrerão a 11ª Feira Nacional de Economia Solidária, 12ª Mostra da Biodiversidade e Feira de Agricultura Familiar, 8º Seminário Latino Americano de Economia Solidária, 8ª Caminhada Internacional e Ecumênica pela Paz e 8º Levante da Juventude. Os eventos são promovidos pelo Projeto Esperança/Cooesperança, da Arquidiocese de Santa Maria, com apoio da Prefeitura Municipal.”
Isso sim e homenagem enquanto as pessoas estao vivas e trabalhando,nao homenagear depois que morrem. Parabens para quem teve a intençao. abraço