Depois dos professores, paralisados (ainda que muito parcialmente, por enquanto) desde segunda, dia 28, outras categorias de trabalhadores com presença na UFSM também tomam o caminho da greve. Neste dia 5, contrários à MP 568, que mereceu CRÍTICAS inclusive da Reitoria, mais de duas centenas de médicos do Hospital Universitário pretendem parar, ainda que por apenas 24 horas.
Na tarde passada, por maioria (18 a 11), assembleia da seção santa-mariense do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), APROVOU a deflagração de greve a partir de 13 de junho. O sindicato representa parte significativa dos professores do Colégio Politécnico, do Colégio Técnico-Industrial de Santa Maria e do Colégio Militar.
Já os servidores técnico-administrativos, que também aprovaram um indicativo de greve, têm outro calendário. Esse regido por sua Federação Nacional, que pretende tomar uma decisão que abranja o país inteiro. Aí, a paralisação, se confirmada, inicia no dia 11.
Aliás, a propósito de tudo isso, quem produziu um mix, no início da tarde desta quinta, foi a assessoria de comunicação do sindicato dos servidores, a ASSUFSM. Esse, que você lê a seguir:
“TAEs aprovam greve na UFSM
A Assufsm realizou uma assembleia na manhã de hoje (quinta, 31), no auditório Sérgio Pires, reunindo 216 técnico-administrativos em educação (TAEs). Em pauta, estava a deflagração da greve da categoria na UFSM, a qual foi aprovada por ampla maioria, registrando apenas 1 voto contrário. A assembleia também elegeu os 5 delegados que vão apresentar a posição da entidade na Plenária da Fasubra nos próximos dias 3 e 4. Após a avaliação do resultado das entidades de base, a Fasubra definirá nessa plenária se adere ou não a greve dos Serviço Público Federal (SPFs).
Mobilização – No dia 5 de junho acontece em Brasília uma Marcha pela valorização do Serviço Público. A Assufsm participará da mobilização com o apoio da Sedufsm que estará disponibilizando um ônibus. Também no dia 5, o médicos do HUSM que fazem parte da categoria dos técnico-administrativos em educação, farão uma paralisação no hospital, entregando panfletos e dialogando com os usuários sobre a questão da MP 568 que reduz os salários desses profissionais. Pela tarde, às 15h a discussão sobre a MP segue no plenário da Câmera de Vereadores.
Greve– A categoria dos docentes está em greve na UFSM desde o dia 28 de maio. Na tarde de ontem (quarta, 30), aconteceu uma assembleia dos alunos, os quais também decidiram entrar em greve na UFSM. Amanhã (sexta, 1º), eles farão uma manifestação no arco da UFSM, a partir das 7h, para mobilização. Às 8h, eles participam da reunião do CEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) buscando a suspensão do calendário acadêmico da UFSM até o final da greve dos docentes.
Por que a Greve?
Os trabalhadores (as) das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), estão em campanha salarial, com vencimentos defasados e com ameaça de amargar perdas ainda maiores, uma vez que o Governo Dilma, até o presente momento, não apresentou nenhuma proposta de política salarial que trate efetivamente da correção das distorções ou perdas salariais da categoria.
A Fasubra reuniu-se com o governo em mais de 50 mesas, no entanto, não obteve avanço. A desculpa do Governo para tamanho descaso é que não dispõe de recursos para alocar no piso da carreira (a qual tem o menor piso do Serviço Público Federal)
Enquanto isso, parlamentares, ministros e a própria presidente Dilma tiveram seus vencimentos reajustados em 61,8%, 148,6 % e 134%, respectivamente. Ao comparamos o montante destinado às rendas dos banqueiros e o que o Governo investe em educação percebemos a lógica do Governo Dilma-Temer: em 2011, foram R$ 700 bilhões para o sistema financeiro, o que equivale a cerca de R$ 2 bilhões por dia; o governo destina quase metade de seu orçamento remunerando especuladores da dívida e o investimento em Educação, no mesmo período, não compromete sequer 3% do orçamento federal.
Essa situação de congelamento salarial também vem aliada à falta de concursos públicos que atendam a nova demanda de funcionários resultante da expansão das Universidades com o REUNI.
Como se tudo isso não bastasse, outras medidas tornam a situação ainda pior:
– a aprovação da EBSERH, que ataca nossos Hospitais Universitários, além de trazer sérios prejuízos à categoria e à sociedade em geral;
– o desrespeito com a categoria e o movimento; a presidente Dilma tentou criminalizar a greve de 2011, e seu governo, até agora segue sem apresentar contraproposta à pauta aprovada pela categoria e protocolada pela Federação;
– a recente aprovação do FUNPRESP – Fundo de Pensão dos Servidores Públicos Federais, previdência complementar privada ataca frontalmente os direitos e conquistas históricas desse setor;
– a edição da Medida Provisória nº 568 de 14/05, que altera o Regime Jurídico Único, mudando a forma de cálculos, congelando os valores dos adicionais de insalubridade e periculosidade, além de estabelecer redução nos salários dos médicos.
– na última reunião, ocorrida no dia 17 de maio, a exemplo das demais, o governo não apresentou qualquer perspectiva de negociação efetiva, de modo a garantir orçamento que contemple as demandas para 2013 e anos subsequentes;
A luta dos TAEs não é isolada: a precarização do trabalho e a má remuneração da categoria implica também na precarização da Educação como um todo e do serviço público usufruído direta ou indiretamente por toda a sociedade, além de engrossar a fileira de trabalhadores desvalorizados, junto com as demais categorias dos SPFs.”
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