A semana. Bancários decidem nesta terça se aderem a greve geral que inicia no dia seguinte
Pela importância e sobretudo atualidade, e porque podem se tornar um grande transtorno para os usuários dos bancos (isto é, todos nós), reproduzo nota enviada na sexta-feira pela assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários. E, logo abaixo, tomo minha posição.
Proposta é insuficiente: bancários vão à greve!
A categoria deve se organizar para a greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de outubro. O Comando Nacional dos Bancários encerrou as negociações com os representantes dos bancos nesta sexta-feira porque não houve nenhum avanço significativo na décima rodada de negociação. A única alteração foi passar índice de reajuste de 4,82% para 5,2%, sem nenhuma alteração na PLR ou em qualquer outra cláusula.
“A insatisfação da categoria deve ser dita na única linguagem que bancos parecem entender: a greve. A elevação do índice de 4,82% para 5,2% é uma provocação dos bancos”, afirma o diretor da Federação dos Bancários RS, Arnoni Hanke.
Assembléias – Os sindicatos filiados à FEEB-RS realizam assembléias gerais da categoria no dia 2 de outubro para deliberar pela greve e definir estratégias.
COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: é evidente que uma eventual paralisação dos bancários criará muitos constrangimentos aos usuários das instituições financeiras. Mas não existe greve sem prejuízo. Dito isto, mais do que qualquer outra, é justa a reivindicação dos trabalhadores, cada vez mais substituídos por máquinas e tendendo a desaparecer como categoria funcional.
E mais: é de todos conhecido, porque os dados estão aí, disponíveis na mídia, que se paga um absurdo em tarifas bancárias. Ao ponto de, como metáfora, já dizer-se que, qualquer hora, o sujeito vai pagar só para entrar num banco.
Mais que isso: o que os banqueiros faturaram em 2006 apenas em tarifas, seria suficiente para pagar o salário de seus funcionários, com todos os reajustes solicitados. O resto é tudo lucro.
Preciso dizer mais?
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