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Banalização do caos – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

Eu devo andar na contramão das coisas mesmo. É delírio ou tem alguma coisa errada? Greve e manifestações pra todo o lado. Confesso que nunca tinha visto na proporção em que está. Em lambuja ainda temos a CPI do Cachoeira, julgamento do mensalão. E pasmem, até agora os maiores rumores estão em torno da ‘Dona Cachoeira’ (não sobre suas declarações, não prestadas diante do direito constitucional que lhe cabe, mas sim em razão de seus atributos físicos); a vingança da Nina e a pipa da Gabriela (personagens de novelas exibidas pela Rede Globo) parecem mais importante que o caos nas obras para Copa 2014; operação “padrão” da Polícia Federal gerando revistas nunca antes feitas e atrasos em voos. Sério! Estou vendo errado ou estamos banalizando o caos?

Sou um entusiasta, certamente, posso ser acusado de maluco pelo meu excesso de otimismo, mas nunca como discípulo do pessimismo. Faço aqui apenas uma constatação. Negligenciamos nossa inteligência, atolados em compromissos e interesses pessoais, passamos a ser omissos. Há quem responda: é o preço da democracia! Democracia? A ideia do povo no poder se perdeu na justificativa de uma retórica forjada.

Vivemos o caos, isso não me assusta. O que me causa pavor é a acomodação generalizada. Esta é preocupante. Acomodação disfarçada em movimentos abrandados e sem objeto concreto; ou alguém me explica a marcha das vadias, marcha contra corrupção. Movimentos acalentados em paixões ideológicas, mas sem mudança concreta. Não passam de machas, assim devemos nos sentir: marchando.

Sem rumo, sem prumo, apenas em marcha, tal como soldados, melhor que isso marionetes, que acreditamos na democracia da imprensa, na democracia do pensamento, na democracia do judiciário, na democracia do legislativo, na democracia do executivo. Sem generalizar, mas acreditar em democracia beira a possibilidade de recebermos presentes no Natal, entregues por um bom velhinho de barba branca e trenó guiado por renas. Talvez, quem sabe, a democracia é oriunda da mesma lenda que acredita na vinda das crianças por meio da cegonha. O que nos resta: vergonha!

Somos emburrecidos por uma imprensa que “democraticamente” seleciona conteúdo e nos faz ouvir a triste declaração de uma ex-primeira dama chorosa por não receber R$42.000,00 de pensão do ex-marido, ex-presidente, ex-caçador de marajás, que acabou se transformando num deles. Derrubado pelos caras pintadas, hoje também no poder. Agora, não mais com tintas na cara, tornaram-se mascarados, enquantos outros lembram que foram apenas manipulados.

Democracia de palhaço, voto de protesto, tiririca lá, tiririca aqui. Estamos rindo da própria desgraça. Frente do Leviatã, o monstro bíblico que Hobbes mencionou como ideia de governo, com poder concentrado, ordenando as decisões da sociedade, tem a única feição que lhe cabe. Ontem e hoje um monstro.

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

[email protected]

@vitorhugoaf

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Um Comentário

  1. Lendo e endossando as palavras do Vitor só posso dizer: Se em um tempo atrás pintamos as caras de verde amarelo, hoje deveríamos pintá-las de vermelho… de vergonha de ver tudo isto acontecendo e ao mesmo tempo, a impunidade sendo eleita a campeã desta maratona.

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