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Buenos Aires: como fazer boas compras – por Carlos Costabeber

Acabei de retornar de Buenos Aires, onde fui palestrante na Convenção de Pós-Vendas da Ford América do Sul.

Para mim, sempre é um prazer retornar à Argentina, e muito em especial a Buenos Aires.

Só que dessa vez estava alertado pela imprensa sobre a fuga dos turistas brasileiros, em razão dos preços em alta (graças a uma inflação real de 25/30% nos últimos 12 meses), e do aumento no custo das viagens (pela elevação na cotação do dólar).

Sem dúvidas, diminuiu visivelmente a presença de brasileiros.

Mas, por outro lado, três fatores estão contribuindo para que se continue a fazer boas compras.

1° – As LIQUIDAÇÕES DE INVERNO em todas as lojas estão jogando os preços para baixo;

2º – A QUALIDADE e a quantidade das confecções expostas nas lojas; e,

3° – O rígido controle oficial sobre o CÂMBIO, que ampliou em muito o MERCADO PARALELO de moedas estrangeiras.

Explicando melhor:

O Governo da Presidenta Kirchner, pressionado pelo crescente déficit na balança comercial, está jogando pesado no controle das importações; e, por consequência, do câmbio.

Assim, o DÓLAR está cotado para compra nas casas de câmbio na faixa de US$ 1,00 = 4,50 Pesos.

Só que os cambistas trocam cada dólar, por 6,00 Pesos – um ganho superior a 30% (o que não é nada desprezível).

E muitas lojas anunciam nas vitrines que nas compras pagas com dólares, pagam 7,00 Pesos.

Para o REAL, também a cotação gira na faixa de 2,00 pesos nas casas de câmbio.

Só que, nos cambistas, consegui 2,60 Pesos  por 1,00 Real – também um ganho mínimo de 30%.

As agências de viagens/guias enfatizam que não se deve trocar dinheiro com os CAMBISTAS, pois se corre o risco de receber notas falsas, etc. Só que sempre recorri a essa opção, e jamais tive problemas dessa ordem – sempre uso uma pequena agência de viagens perto da Florida, para trocar dinheiro.

Claro que é meio complicado ouvir em cada esquina um sujeito gritando “câmbio”, “câmbio” – “reales e dólares”! E sinto que essa imagem, meio assustadora, afugenta os turistas.

É uma pena!!!!!

É que fico impressionado como os turistas brasileiros “são explorados”, trocando seu dinheiro nos aeroportos e mesmo nas Galerias Pacifico, e recebendo menos de 2,00 Pesos por 1 Real. O medo e o desconhecimento de como funciona esse mercado negro prejudica visivelmente a grande maioria.

Outra observação fica por conta do EURO, que enquanto no Brasil vale 25% mais que o Dólar, na Argentina as duas moedas têm cotação muito semelhante; talvez refletindo a situação difícil vivida pela Europa.

Por fim, não restam dúvidas de que o mais conveniente para fazer compras na Argentina, É LEVAR DINHEIRO VIVO – muito especialmente DÓLARES. E trocá-los (tomando os devidos cuidados, claro) no mercado paralelo – fugindo das casas de câmbio.

Por fim, de nada adiantam essas “dicas” se o turista não tiver conhecimento do que está comprando.

Via de regra, os brasileiros não conseguem distinguir um tipo de couro, de outro; a qualidade do acabamento de um casaco, de outro.

E o mesmo serve para as lãs e cashmeres; de identificar o “que está na moda”, e o que “já deixou de ser moda”. E assim por diante !

Então, é importante estar bem informado; se aconselhar com as pessoas que conhecem esses tipos de produtos e os seus preços.

Vejo tanta gente “comprando na emoção”, “a primeira vista”, e se arrependendo mais tarde, pois a oferta é muito grande e variada.

Antes de comprar, deve-se caminhar bastante, olhar, pesquisar!

Buenos Aires continua maravilhosa, apaixonante. E um excelente lugar para se fazer boas compras.

Mas, para tanto, os cuidados acima expostos são muito valiosos para tornar a sua viagem ainda mais feliz.

P.S.: Esse artigo reflete as minhas conclusões como turista e como comerciante. Já no próximo artigo usarei meu lado acadêmico, para analisar a crítica situação em que se encontra a economia argentina.

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5 Comentários

  1. Olá, eu queria ir na Argentina somente para comprar aparelhos de estetica e produtos. Você saberia me dar alumas dicas.

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