COLUNA OBSERVATÓRIO. Festa (e luto) na cultura
Isso é história!
“1921, 6 de fevereiro – O maestro Gulherme Fontainha, diretor do Conservatório de Música e do Centro de Cultura Artística de Porto Alegre, trata da fundação de uma escola de música em Santa Maria.
19 de abril – Morre o poeta Ernani Chagas, ferido na véspera, a bala, por Olmiro Antunes. Nasceu em Santa Maria, a 7 de outubro de 1898. Poeta espontâneo, escrevia suas poesias sobre o mármore das mesas de café, de preferência, e sempre sob pseudônimos, dos quais pude coligir os seguintes: Ricardo, João Felpudo, João Beldroega, Mãe Joana, Carlos Polaco, Rabecão, Dr. Zambayont, Luciano Morais, Capitão, Major, Mamangava, Martin Gravata e Ricardo Severo, este o mais usado.
Algumas de suas produções em verso e prosa foram enfeixados no LIVRO PÓSTUMO, publicado em 1935, por seus irmãos Eurico e Emir. “Mortalmente ferido, consciente do fim próximo, não se profanou articulando uma queixa, não se diminuiu na intenção de penitenciar-se nem explodiu na cólera de vingadora maldição. Calmo, concentrando no olhar agônico as últimas centelhas da vida intensa que ele, como forte, amava, sereno, dominando-se, morreu dizendo adeus aos amigos” (Aureliano de Figueiredo Pinto)”
(Do volume 1 – 1877-1930 do livro “Cronologia Histórica de Santa Maria…”, de Romeu Beltrão, editado em 1958)
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