‘MENSALÃO’. Cezar Peluso vota ou não vota, eis a questão. Pelo que ele diz, o mais provável é que não
A verdade é que, na sessão desta segunda-feira, a réplica de Joaquim Barbosa ao voto de Ricardo Lewandowski, e a muito provável tréplica deste, tomarão conta do tempo inteiro. E é perfeitamente possível supor que o dia será inteiramente consumido nessa discussão -– sem prejuízo ao surgimento de outras.
Dito isto, faltarão apenas duas sessões na semana. Desenhando: se não houver sessão extraordinária na próxima sexta (o que dependeria do plenário e outras discussões), muito dificilmente o ministro Cezar Peluso, que estará legalmente aposentado na segunda-feira, poderá votar.
E, pelo que ele próprio diz, a antecipação do voto (que poderia inclusive não seguir a ordem imposta pelo relator) somente se dará se não houver controvérsias. Isso, porém, dificilmente não acontecerá, pois há os contrários e os favoráveis. Isso sem falar nas consequências dessa decisão, como você pode verificar na reportagem de Wilson Lima, do portal iG. A foto é de Fábio Pozzebom, da Agência Brasil. A seguir:
“Voto antecipado de Peluso vira incógnita e divide STF no julgamento do mensalão…
… Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão divididos quanto à possível antecipação do voto do ministro Cezar Peluso no julgamento do mensalão . Peluso tem seu voto pronto e pode, na próxima (nesta) semana, apresentar sua decisão contra todos os 37 réus já que ele se aposenta dia 3 de setembro e só participa de mais três sessões do julgamento. Mas, para antecipar seu voto, ele dependerá de uma autorização do colegiado do Supremo. A possibilidade de voto antecipado de Peluso é hoje a grande incógnita do julgamento do mensalão.
O STF se dividiu sobre mais esse assunto. Do grupo favorável à antecipação, fazem parte o presidente do Supremo, Ayres Britto, e os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Barbosa, apesar de ser o relator do processo, foi o último a encampar abertamente a antecipação do voto de Peluso. A outra corrente, contrária, é encampada pelos ministros Marco Aurélio de Mello e Ricardo Lewandowski. Outro que não vê com bons olhos a antecipação na íntegra do voto de Peluso é o ministro Celso de Mello.
Os ministros que são contrários à antecipação do voto de Peluso na íntegra afirmam que isso causaria uma situação inédita na história do Supremo. Caso ele se manifeste contra todos os 37 réus, ele emitiria seu voto antes mesmo do…”
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