‘MENSALÃO’. Faíscas e trovejões com dois ministros e os riscos, cada vez mais óbvios, de um retardamento

Depois de amanhã, segunda-feira, Joaquim Barbosa, o ministro relator do julgamento da Ação Penal 470, também conhecida como “processo do mensalão”, vai replicar o pronunciamento do ministro revisor, Ricardo Lewandowski, que o citou ao absolver parte dos réus. Está garantido o direito à tréplica, o que se construiu após a sessão da última quinta-feira.

O que isso significa? Bueno, tanto pode parar por aí, quanto prosseguir. Ninguém sabe. O fato, porém, contribui para que cada vez mais se tenha a impressão de que o roteiro previamente estipulado dificilmente será cumprido. Isto é, não termina no final de setembro.

Bueno, especificamente sobre as rusgas de quinta-feira e seus desdobramentos, confira a reportagem de Mário Coelho, com foto de Fábio Pozzebom, da Agência Brasil, publicada no sítio especializado Congresso em Foco. A seguir:

“Prenúncio de faíscas e novos atrasos no mensalão…

… A aposta em um clima mais tranquilo nas sessões de julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) durou apenas um dia. Voltou aos corredores da mais alta corte do país o temor de novos enfrentamentos entre o relator da Ação Penal 470, Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandowski. Em vez do início do voto dos demais ministros, como se previa, a próxima segunda-feira (27) deverá ficar concentrada em uma réplica de Joaquim Barbosa ao voto de Lewandowski que inocentou o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o publicitário Marcos Valério e seus sócios quanto ao contrato firmado entre a SMP&B e a presidência da Câmara na época em que João Paulo a comandava. E Lewandowski argumenta que, se Joaquim replicar, ele terá direito a uma tréplica. Ou seja, vislumbra-se uma discussão entre os dois que atrasará um pouco mais o julgamento…

O fim da sessão de … quinta, 23… já foi um prenúncio. Barbosa disse ter considerações a fazer sobre a posição de Lewandowski. Se na quarta-feira eles concordaram no resultado, apesar dos argumentos diferentes – ambos votaram pela condenação do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e dos sócios da DNA Propaganda, entendendo que houve fraude e cometimento de crimes no contrato da agência de Marcos Valério com o banco e o fundo Visanet  –, a quinta-feira teve discordância no método e também no destino dos réus.e trouxe de volta temores que foram manifestados pelos ministros no início do julgamento.

Enquanto Lewandowski voltou pela absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e dos três sócios da SMP&B, Barbosa tinha condenado o quarteto pelas acusações de corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Na primeira acusação contra o petista, Lewandowski entendeu que não havia provas para condená-lo. Nas outras, ele considerou mesmo não ter havido crime, absolvendo-os…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.