O DEBATE. Cascas de banana aqui e ali. E ficou claro quem é o alvo prioritário de quem, na busca pelo voto

Encerrou agora há instantes o debate dos candidatos a prefeito, e será reproduzido às 9 e meia da manhã desta terça, promovido pela TVCom (grupo RBS, canal 36, Net) e retransmitido também pela rádio Gaúcha SM. Na véspera do início do trololó eletrônico, os candidatos, claramente, tentaram se posicionar. E largaram uma farpa aqui, outra ali. Cascas de banana jogadas. Se alguém escorregasse, ótimo. Mas, objetivamente, o que se tentou foi debater, e não foi exatamente atacar. Exceto por alguns poucos momentos, um bem no início. E quem provocou, se deu mal.

Foi o caso de Tiago Aires, do PSOL, que tentou impingir na candidata Helen Cabral, do PT, a pecha de “candidata das empreiteiras”. Viu-se compungido a explicar por que o PSOL recebeu (e agora editou uma resolução para evitar o mico) dinheiro da Gerdau, uma das maiores siderúrgicas do planeta. E, a partir daí…

No demais, o que se viu foi o já conhecido. De um lado, Cezar Schirmer buscando, quando atacado, dizer que milagres não se fazem em quatro anos, mas que muito mais do que o PT, em oito anos, fez. De outro, Helen elegendo o candidato à reeleição como alvo prioritário, na medida do possível poupando (exceto por uma única – e polida – vez) o tucano Jorge Pozzobom (PSDB),  com a nítida impressão de que prefere ver o tucano buscando votos na seara de Schirmer.

Já Pozzobom tentou, ao longo do debate, nas ocasiões em que teve oportunidade, marcar duas coisas: (1) o fato de ter deixado o governo quando percebeu que não seria feito o que “fora prometido” e (2) buscando deixar clara sua intenção de fazer uma “administração propositiva”.

RESUMO DA ÓPERA: looonge, o mais atacado, especialmente por Helen, foi o prefeito Cezar Schirmer. Natural. Afinal, é o nome a ser batido, segundo as pesquisas disponíveis. E ele, bem, como favorito que é, tentou jogar pelo regulamento. Pozzobom foi recatado, quase contido. Como a experimentar o terreno. E Tiago, foi franco-atirador – mas que ainda teve que amargar outra “acusação”: ter sido filiado ao PSDB, como não esqueceu de lembrar o candidato… do PSDB. É o que se pode dizer, num primeiro momento, e com uma análise rápida do que aconteceu agora há pouco, na TVCom.

EM TEMPO: em relação aos dois primeiros debates, no início de julho, é possível perceber que, indiscutivelmente, a candidata do PT se preparou melhor. Schirmer, claro, manteve-se, na medida do possível, com os dados do seu governo na mão e com o mesmo (e que lhe é favorável) posicionamento. Pozzobom teve dificuldades, mas mostrou firmeza – especialmente quando foi posta em dúvida sua honorabilidade política. E Tiago… Bem, foi o que PSOL é. Atirou. Se acertou, ótimo. Se não, ótimo também.