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Ministério. Lugar garantido para Martha. Mas em posto ‘inadequado’ às pretensões petistas

Na próxima terça-feira, 6 de março, acontece o encontro de Luiz Inácio Lula da Silva com os governadores de Estado – agendado, lembra, em janeiro, quando do lançamento do Plano de Aceleração da Economia (PAC). Na quinta, 8, o Presidente se reúne com seu congênere norte-americano George W. Bush. Resumindo: haverá algum dia possível para Lula anunciar enfim o ministério para o segundo mandato?

 

Se o Presidente quiser, convenhamos, há, sim. O problema é esse: quererá? Ainda mais que, no dia 11, domingo, o PMDB tende a estar se digladiando em torno da disputa protagonizada por Michel Temer e Nelson Jobim. Resumindo: não há garantia alguma que o primeiro escalão lulista oficial para os próximos quatro anos (menos dois meses e pouco) será conhecido tão logo.

 

No entanto, como escreve na página que mantém na internet o comentarista político da TV Bandeirantes, Franklin Martins, a coisa está bem encaminhada. Porém, contrariando as evidência aparentes, diz Martins que as chances de Martha Suplicy, a máxima pedida petista para compor no ministério, estariam se reduzindo. E que isso tem a ver com a “desistência” do PMDB (entenda-se, a porção parlamentar da Câmara do partido) da pasta da Saúde e, sobretudo, ao “tamanho” da pasta que a ela poderia ser destinada.

 

Não entendi. Ou pelo menos tive algumas dificuldades. Quem sabe você, lendo, consiga destrinchar melhor esse enrosco no qual, por sua exclusiva responsabilidade, se meteu o presidente da República. A seguir:

 

 “PMDB desiste da Saúde e chances de Martha diminuem

 

Ao comunicar ao ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que desistiu de indicar o próximo ministro da Saúde, o PMDB resolveu um problema do presidente, mas criou outro. Lula tem agora o caminho livre para nomear para o cargo, como queria, o médico José Gomes Temporão, um técnico respeitado na área. Embora ele seja filiado ao PMDB, Temporão não teve o apoio da bancada do partido na Câmara, que queria emplacar um deputado no comando da pasta.

Lula agora terá de contemplar a bancada do PMDB na Câmara com outro ministério, que, provavelmente, não terá o peso da Saúde. Uma hipótese é a pasta da Previdência; outra, a da Agricultura. Caso o presidente decida remanejar Walfrido Mares Guia para as Relações Institucionais, no lugar de Tarso Genro, que segue para a Justiça, o Ministério do Turismo também entraria nessa restrita dança das cadeiras. Ao PDT, igualmente seria oferecida uma dessas posições.

Fica faltando desatar, portanto, um grande nó: onde botar Martha Suplicy? Assessores diretos de Lula garantem que ele decidiu manter Márcio Fortes, técnico ligado ao PP, no Ministério das Cidades. Dessa forma, estreitaram-se ainda mais os caminhos que levariam ao aproveitamento de Martha no primeiro escalão do governo.

Hoje (ontem) ou amanhã (hoje), Lula informará ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, sobre suas dificuldades, deixando claro que só tem condições de nomear a ex-prefeita de São Paulo para uma das pastas que o partido já controla. Mesmo nessa categoria, porém, há muitas exceções: além da cozinha do palácio e do núcleo da equipe econômica, Lula não mexerá no Desenvolvimento Social e na Educação. Patrus Ananias e Fernando Haddad, respectivamente, ficam onde estão.

Trocando em miúdos: restarão para Martha apenas posições de menor visibilidade e influência, como as secretarias com status de ministério, ou áreas para as quais ela não tem embocadura, como a Reforma Agrária. Dessa forma, Lula devolverá ao PT o problema que ele criou, ao pressionar publicamente pela nomeação de Martha para o ministério.

Se, nas próximas horas, esses movimentos se confirmarem, estaria praticamente montado o quebra-cabeça político da reforma ministerial. Faltaria resolver apenas alguns casos isolados, que não passam pela negociação com os partidos, como o dos ministérios do Desenvolvimento e da Defesa. Tudo indica que…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra, clique aqui.

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